"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

domingo, 25 de setembro de 2022

A Farsa do "Autor Desconhecido" ("Quando se rouba de um autor, chama-se plágio; quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa." — (Wilson Mizner)


 

A Farsa do "Autor Desconhecido" ("Quando se rouba de um autor, chama-se plágio; quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa." — (Wilson Mizner)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

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A COVID-19 SÓ MATA ÍMPIO ("A pandemia penetra somente em corpos incompatíveis com a vibração do amor ao próximo." — Melissa Tobias.)

 


A COVID-19 SÓ MATA ÍMPIO ("A pandemia penetra somente em corpos incompatíveis com a vibração do amor ao próximo." — Melissa Tobias.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Se a COVID-19 é uma praga destinada ao fim dos tempos, por que vi pessoas boas morrendo? No julgamento imediato, elas eram, sim, boas. Mas, como advertiu Georges Bernanos: "Que Deus nos proteja dos santos!". Ao refletir sobre Êxodo 20:5, recordo: "Eu, o Senhor teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam...". Esse versículo reforça em mim a certeza de que o critério divino é, de fato, compreensivo e justo.

Pessoas não mudam o próprio caráter. O apóstolo Paulo se converteu? Jeremias 13:23 já questionava: "Pode o etíope mudar a sua pele? Pode o leopardo alterar as suas pintas? Assim também, podereis vós fazer o bem, estando tão habituados à prática do mal?" Se o salário do pecado é a morte, a progressão da impiedade se interrompe na punição última. Em Romanos 9:22-23, Paulo fala em “vasos de ira, preparados para a perdição” e “vasos de misericórdia, preparados de antemão para a glória”. Não seria isso uma dupla predestinação — uns para a salvação, outros para a perdição? Não sei se Paulo era bom fingindo-se de mau sem Cristo ou mau fingindo-se de bom com Cristo. O que sei é que existem pessoas más fingindo-se de boas, muitas vezes descendentes de inimigos de Deus. Provérbios 16:4 confirma: "O SENHOR criou tudo o que existe com um propósito definido; até mesmo os ímpios para o dia do castigo."

Assim como as pragas do Egito atingiram apenas os egípcios, poupando os israelitas, a COVID-19 parece mirar os ímpios. Aqueles que, embora considerados maus, não sucumbiram ao vírus, talvez tenham sobrevivido pelo crédito dos pais e avós, amigos de Deus e obedientes aos Seus mandamentos. Êxodo 20:6 ilumina essa questão: "Mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos." Eis por que a praga não mata algumas pessoas que julgamos ruins.

Quando falo de “ímpios”, refiro-me a ladrões, perseguidores e usurários. A praga veio para "detonar o deus 'Mamom'", e ainda se agravará para destruir todos os adoradores dos "bezerros de ouro", silenciando a idolatria da ganância. A advertência de Isaías 3:11 é inequívoca: "Mas ai do ímpio! Do homem que pratica o mal. Tudo lhe irá mal. Eis que será tratado na mesma medida de suas ações malignas." Deus abrevia os dias daqueles que sofrem a ponto de perder a capacidade de amar. Estaria isso acontecendo com os viciados no pecado?

Melissa Tobias, em A Realidade de Madlu, descreve uma visão que ecoa esse raciocínio: “Em 2020, quando a Terceira Realidade terminou de envolver todo o planeta Terra, uma pandemia global matou mais de três bilhões de terráqueos. Foi um momento muito caótico que durou dois anos. Foi uma pandemia viral psicossomática que penetrava somente em corpos incompatíveis com a vibração de amor ao próximo. Não havia para onde fugir”.

A vacina não é remédio; é prevenção. O irônico é que essa prevenção também traz efeitos colaterais, semelhantes aos da própria doença. Mas a ciência já aponta para outra forma de imunidade: "Pesquisas indicam que trabalhos voluntários altruístas estimulam a alegria, aliviam as tristezas e aumentam a imunidade, evitando doenças." Eis a oportunidade de transformar a dor em caminho, o sofrimento em cura, ajudando uns aos outros. A verdadeira vacina talvez seja essa: a que nasce do amor e da caridade, e não apenas da seringa.


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Com base no texto que lemos, que nos convida a pensar sobre a pandemia da COVID-19 sob uma perspectiva bastante peculiar, preparei 5 questões para a nossa próxima aula. Quero que vocês reflitam sobre como as ideias apresentadas se conectam com os conceitos que estudamos em Sociologia. A ideia é que vocês explorem, com suas próprias palavras, as relações entre os fenômenos sociais, as crenças e os valores que estruturam a nossa sociedade.


1 - O texto sugere que a COVID-19 pode ser vista como uma "praga" que atinge principalmente os "ímpios". A partir de uma análise sociológica, como podemos interpretar a busca por explicações religiosas para um evento de saúde pública, como uma pandemia?

2 - A passagem bíblica de Êxodo 20:5, citada no texto, fala sobre a "iniquidade dos pais" que é punida nos filhos. Discuta como essa ideia de uma punição hereditária se choca ou se alinha com o conceito de responsabilidade individual, tão valorizado na sociedade moderna.

3 - O autor do texto se refere aos "ímpios" como "ladrões, perseguidores e usurários", e à praga como uma forma de "detonar o deus 'Mamom'". Explique como o texto utiliza a religião para fazer uma crítica ao consumismo e à ganância, que são características de nossa sociedade.

4 - O texto questiona a ideia de que "pessoas não mudam o próprio caráter". Em sua opinião, o que a Sociologia nos diz sobre a possibilidade de mudança no comportamento humano e nas estruturas sociais?

5 - No final do texto, a prática do trabalho voluntário e do altruísmo é apontada como uma forma de "aumentar a imunidade". Relacione essa afirmação com o conceito de solidariedade social, proposto por Émile Durkheim, e discuta a importância das ações coletivas para o bem-estar de uma comunidade.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

COM ARBÍTRIO OU SEM ARBÍTRIO ("De que vale o livre-arbítrio se somos forçados a ser igual." (Samara Cirino)

 


COM ARBÍTRIO OU SEM ARBÍTRIO ("De que vale o livre-arbítrio se somos forçados a ser igual." (Samara Cirino)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu queria ter, de fato, o tal livre-arbítrio que a igreja insiste em me vender, como se fosse um presente divino. Dizem que posso escolher o caminho, mas não vejo trilhas paralelas nem bifurcações. A estrada é única, e nela caminhamos na mesma direção. O bem e o mal não se opõem em rotas separadas; eles se intercalam, como as listras de uma zebra que fazem sombras e claridades no caminho. O ponto final pode chegar a qualquer momento. Uns encerram a jornada no branco, outros, no preto: céu ou inferno. A vida, afinal, é como uma roleta: ninguém escolhe nem o início, nem o fim. O dono da banca roda, e o destino decide onde a sorte vai parar.

Essa via única é cruel, mas também instrutiva. Nela, ninguém caminha apenas na claridade ou somente nas trevas. Todos atravessam zonas mistas, uma tessitura irregular que ora se ilumina, ora se apaga. A igreja, mesmo que minta ao me oferecer um livre-arbítrio ilusório, entrega símbolos que ajudam a decifrar essa jornada, ainda que o custo seja alto. Mas os novos inquisidores repetem a mesma soberba do púlpito, impondo-me bandeiras que não escolhi.

E, no entanto, querem me arrastar para as disputas da ideologia de gênero. Pergunto-me por que precisam me rotular como racista, homofóbico ou discriminador, apoiados apenas em seus próprios referenciais. Argumentos sociais da moda tentam me seduzir, e temo não agradá-los. Forçam-me a negar a mim mesmo, sob acusações contraditórias: se sou "velho pra frente", desejam que eu seja também gagá, embalado pelos ventos de suas impressões.

Sem ter para onde correr, resta-me aceitar, a contragosto, suas facções esquerdistas para conviver em paz. Eles se tornaram maioria quando se uniram, esmagando os princípios que eu guardava. Rendo-me, por vezes, como Caetano Veloso: "Já fui mulher eu sei", e também ouço, em eco, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Entre um verso e outro, tento inventar um sulco próprio, que não se curve nem ao determinismo religioso, nem à coerção progressista. Meu objetivo é caminhar com lucidez, resistindo às roletas que giram por mim, mas sem renunciar à estrada que, embora coletiva, ainda me pertence.


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O texto que acabamos de ler é uma reflexão pessoal e crítica sobre liberdade, determinismo e as pressões sociais que enfrentamos. Ele nos convida a pensar sobre como as instituições — sejam elas religiosas ou políticas — moldam nossas escolhas e a nossa própria identidade. Como sociólogos em formação, é nosso papel analisar essas ideias de forma crítica, identificando os conceitos e as tensões que o autor apresenta. Vamos às questões:


1 - O autor questiona a ideia de livre-arbítrio e sugere que a vida é uma "via única". Analise essa metáfora à luz da sociologia do determinismo social. Em que medida o nosso percurso de vida é realmente livre ou é moldado por forças sociais que não controlamos?

2 - A crônica contrapõe o determinismo religioso à coerção progressista. Explique, com base no texto, como o autor se sente pressionado por esses dois lados. Quais são os "novos inquisidores" e as "bandeiras" que o forçam a tomar posições que ele não escolheu?

3 - O texto aborda a dificuldade de ser rotulado com base em "referenciais" de "argumentos sociais da moda". Discuta como os rótulos sociais (como racista, homofóbico, etc.) funcionam como uma forma de controle social e como eles podem ser usados para "esmagar os princípios" de um indivíduo.

4 - A frase "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" é citada no texto. Utilizando-a como ponto de partida, analise a tensão entre a identidade individual e as identidades coletivas. Como o autor tenta "inventar um sulco próprio" em meio a essas pressões?

5 - O autor expressa seu sentimento de ter que "aceitar, a contragosto, suas facções esquerdistas para conviver em paz". Essa resignação pode ser vista como uma forma de conformismo social. Explique como o conformismo pode ser uma estratégia para o indivíduo lidar com a pressão de grupos que se tornaram "maioria".

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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

SATANÁS, ESTRATÉGIA; DEUS, A VERDADE. ("A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia." (Norman Schwarzkopf)









SATANÁS, ESTRATÉGIA; DEUS, A VERDADE. ("A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia." (Norman Schwarzkopf)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Quem trabalha com estratégias quer, antes de tudo, economizar esforço. Tem consciência da insignificância do que oferece, mas procura dar valor àquilo, porque só tem isso para apresentar. No engodo, a embalagem torna-se mais valiosa que o produto. O grande problema é que as pessoas acreditam tratar-se de uma coisa e, depois, descobrem ser outra; decepcionam-se e fogem. Raramente alguém se deixa enganar duas vezes pela mesma isca.

Os objetivos da escola, por si só, deveriam se afirmar, mas acabam sendo endossados por estratégias — basta olhar os planejamentos dos professores. Ninguém precisa vender o que é essencial; o indispensável se procura naturalmente. O que precisa de estratégia para ser aceito é enganoso, e todo engano é passageiro, fútil. O que é necessário, de fato, tem em si mesmo a força do desejo: não exige linguagem apelativa nem artifício, apenas se impõe pelo próprio valor.

Talvez o ponto mais perigoso seja o de confundirmos estratégia com verdade. Quando isso acontece, já não discutimos ideias, mas embalagens; já não educamos, mas seduzimos. A estratégia, nesse sentido, cria um atalho que parece inteligente, mas esconde o vazio de um caminho sem substância. É claro que ninguém está livre da tentação de facilitar a própria vida — todos buscamos atalhos —, mas é justamente aí que mora a diferença entre transparência e manipulação. A escola, quando se deixa cativar pelo discurso estratégico, corre o risco de perder aquilo que deveria ser sua essência: a clareza de que ensinar é difícil, mas necessário. Só o que é verdadeiro permanece; o que depende de truque logo se dissolve.

Estratégia: manto do mal, do engano e da mentira. O bom senso repele qualquer coisa tornada obrigatória. Deus não trabalha com estratégia, mas com a verdade; seu caminho é sempre estreito e trabalhoso. Já a mentira precisa de outra mentira como estratégia para se sustentar e parecer verdade. "Perder tempo em aprender coisas que não interessam priva-nos de descobrir coisas interessantes." — Carlos Drummond de Andrade.

A mentira sempre foi o recurso do enganador para se vender; o verdadeiro, ao contrário, não precisa de embalagem bonita, porque é naturalmente desejável. "Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo." — Charles Baudelaire.


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O texto que acabamos de ler nos provoca a pensar sobre a diferença entre essência e aparência, um tema central para a sociologia. Ele nos faz questionar como a nossa sociedade, incluindo a escola, valoriza mais a "estratégia" do que a "verdade". Essa distinção é crucial para entender muitos fenômenos sociais. Vamos aprofundar essa discussão com algumas questões. Respondam de forma discursiva, buscando exemplos do texto e da realidade ao seu redor.


1 - O autor argumenta que "no engodo, a embalagem torna-se mais valiosa que o produto". Como essa ideia se relaciona com a sociedade de consumo? Cite exemplos do nosso cotidiano em que a "estratégia" de marketing parece mais importante que a qualidade real de um produto ou serviço.

2 - O texto afirma que "os objetivos da escola, por si só, deveriam se afirmar, mas acabam sendo endossados por estratégias". Com base nisso, discuta como a instituição escolar pode se afastar de sua função social principal (o ensino) ao adotar lógicas que se assemelham às do mercado.

3 - O autor faz uma dura crítica àquilo que "precisa de estratégia para ser aceito". Refletindo sobre a esfera política, qual seria a diferença entre a comunicação honesta de um projeto e a "linguagem apelativa" que o texto critica?

4 - A crônica contrapõe a "estratégia" com a "verdade", associando a primeira à "mentira" e a segunda a algo "trabalhoso". Em sua visão, como essa distinção pode ser aplicada para analisar a diferença entre um debate público construtivo e a disseminação de fake news?

5 - O texto menciona que "a mentira precisa de outra mentira como estratégia para se sustentar". Como podemos relacionar essa ideia com o conceito de legitimidade na sociologia? Por que um sistema ou uma ideia que se baseia apenas em "estratégias" tem mais dificuldade de se manter no longo prazo?

terça-feira, 20 de setembro de 2022

TRANSGENERIDADE, A PERCEPÇÃO DE SI ("Nas maiores virtudes, as grandezas fundamentais são ilusões no instante da escolha." — Celso Roberto Nadilo)

 


TRANSGENERIDADE, A PERCEPÇÃO DE SI ("Nas maiores virtudes, as grandezas fundamentais são ilusões no instante da escolha." — Celso Roberto Nadilo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O Novo Normal Escolar tem se mostrado propício para discussões sobre identidades de gênero e sexualidade, e muitas teses de mestrado e doutorado sobre a homoafetividade se aprofundam nesse tema. Essa nova abordagem parece ser uma ciência necessária para o momento atual, que nos convida a repensar a nós mesmos. Contudo, essa evolução levanta um questionamento: será que, no ensino fundamental, os professores "héteros definidos ou para binários tradicionais" serão rapidamente taxados de machistas? É estranho que feministas precisem de machistas para se estabelecer, mas essa parece ser a lógica. No futuro próximo, apenas professores transgêneros atenderiam à demanda de um público mais evoluído e "antenado".


Fica a questão: aqueles que definiram os critérios para classificar o que é machista, feminista ou homofóbico consideraram o equilíbrio? Antigamente, a escola preparava os alunos para o mercado de trabalho; hoje, o foco mudou para o ensino da vida. Enquanto antes as aulas de filosofia e sociologia pouco discutiam sobre "discípulos para iniciação" e o ensino religioso pouco explorava a amizade entre Davi e Jônatas, agora qualquer manifestação de apreço pela individualidade humana é bem-vinda.

A reflexão se aprofunda: é possível conciliar a modernidade com o essencial da educação? Não precisamos abrir mão do respeito, da disciplina ou do estudo sério da filosofia para abraçar novas identidades. Se ensinarmos aos alunos a arte de pensar, a habilidade de dialogar com as diferenças e a consciência histórica das sociedades, poderemos acolher novas identidades e formas de existir sem destruir a base do conhecimento e da moral que sustenta a vida em comunidade.
Valores como a reflexão crítica, a empatia e a disciplina intelectual podem não apenas coexistir com o novo, mas também orientá-lo, impedindo que a transição social se transforme em confusão ou aceitação superficial. A escola poderia, assim, se tornar um espaço onde o ser humano é cultivado em todas as suas dimensões, sem que a evolução social seja confundida com relativismo absoluto.
A ironia do nosso tempo se revela em contrastes. No passado, quando um estuprador era preso, "recomendava-se aos outros detentos que lhe fizessem o mesmo, como se não fossem reeducandos". Hoje, em um cenário de busca pela equidade, somos educados para entender todos os gêneros. No entanto, ainda presenciamos cenas como um padre gritando no meio de uma maratona infantil: "'Quem chegar por último é a mulher do padre!'" Esse tipo de comentário, que reforça estereótipos, contrasta diretamente com a legislação atual, que afirma: "É ideologia de gênero. Discriminá-lo é crime."

[https://pjmedia.com/news-and-politics/matt-margolis/2022/09/21/your-tax-dollars-fund-a-group-pushing-transgender-identity-on-two-year-olds-n1631033

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[https://pjmedia.com/news-and-politics/lincolnbrown/2022/09/21/the-nea-is-providing-teachers-with-sexually-explicit-information-n1631215

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Como seu professor de Sociologia, preparei cinco questões discursivas e simples para a gente refletir sobre o texto que acabamos de ler. Pensem bem em suas respostas e usem suas próprias palavras para desenvolvê-las.


1. A escola e o "novo normal"

O texto sugere que o foco da escola mudou de "preparar para o mercado de trabalho" para "ensinar para a vida". Explique, com suas palavras, o que essa mudança significa para o autor e quais novos temas, segundo ele, a escola tem abordado.

2. O conflito entre grupos

No início do texto, o autor faz uma observação sobre como feministas e machistas parecem precisar um do outro. Explique o que ele quer dizer com isso e qual é o problema que ele aponta nesse tipo de relação.

3. O papel da reflexão na educação

O autor questiona se a escola pode conciliar a modernidade com o "essencial da educação". Quais valores e habilidades ele propõe, como o "pensar" e o "dialogar", para que a escola consiga abraçar novas identidades sem perder sua base?

4. O paradoxo da liberdade

O texto menciona a ironia de um padre que faz uma piada de mau gosto, mas, ao mesmo tempo, seria considerado crime discriminá-lo. Com base nesse exemplo, discuta a complexidade das leis de gênero e o desafio de equilibrar a liberdade de expressão com a proteção contra a discriminação.

5. A escola como espaço de cultivo

No final, o autor propõe que a escola seja um local onde o humano é cultivado em todas as suas dimensões. O que você acha dessa ideia? Como a escola poderia, na prática, cultivar o respeito, a disciplina e a reflexão crítica, ao mesmo tempo em que acolhe as novas formas de identidade de seus alunos?

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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

PUNIÇÃO SEM JUSTIFICATIVA É VINGANÇA ("Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." — Pitágoras)

 


PUNIÇÃO SEM JUSTIFICATIVA É VINGANÇA ("Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." — Pitágoras)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu procuro enxergar minha atividade profissional não apenas como fonte de renda, mas como contribuição efetiva para a sociedade. Posso até ser um simples professor, mas sei que espalho sementes de coisas boas que ajudam o mundo a se aproximar do que deveria ser. Tenho importância, sim! E, digam o que quiserem a meu respeito, não me deixarei levar por superficialidades. Cada dia me é favorável ao estudo e à aprendizagem, e nisso encontro força para ensinar. Assim, aproveito, ainda que de forma comedida, os dons e talentos que Deus me confiou.

Essa convicção nasce, muitas vezes, de pequenas vitórias: quando um aluno, depois de semanas de silêncio, finalmente me olha e diz que entendeu uma equação; ou quando outro, marcado pelo descaso da família, encontra na sala de aula o primeiro espaço onde sua voz tem valor. É nesses momentos que dor e paixão se entrelaçam no ofício de ensinar. Dor, porque sei que lá fora eles serão lançados à selva real; paixão, porque percebo que, mesmo que por um instante, consegui domesticá-los ao convívio — como um animal arisco que baixa a guarda diante da mão que o alimenta. Mas há o risco: o animal, acostumado à ração fácil, esquece a brutalidade da mata e sucumbe no primeiro embate. Assim também é o aluno poupado de disciplina: sua fragilidade lhe cobra caro quando a vida lhe exige coragem.

Ainda assim, creio que nem tudo está perdido. Nos olhos atentos de alguns vejo a centelha de quem pressente a dureza da selva e se prepara para enfrentá-la. São jovens que, aos tropeços, aprendem que a dor pode ser mestra e a disciplina, companheira de jornada. Se o animal arisco só sobrevive porque nunca esquece o perigo, o aluno desperto aprende a não confundir cuidado com complacência. Não se trata de quebrar sua confiança, mas de treiná-lo para o embate real. Esse equilíbrio frágil, entre acolher e advertir, é a luta diária do professor — uma batalha solitária, que às vezes nos concede vitórias silenciosas. Talvez seja nelas, e apenas nelas, que resista a esperança de que a educação não seja devorada pela própria selva que deveria domar.

Infelizmente, no atual momento de aprovação sem mérito, o professor se vê impedido de corrigir ou punir, temendo represálias administrativas ou até físicas. Portanto, sem a pedagogia da disciplina e apenas com o excesso de mimos, os desavisados do sistema perdem o senso de perigo: "Animal arisco domesticado esquece o risco". Os indisciplinados da educação precisam dos obstáculos da correção para respeitar os mecanismos da Escola.

Nesse novo normal, lamento que não percebam o verdadeiro poder de fogo do professor — não aquele das armas letais, mas o que vem dos diplomas conquistados com mérito. São essas credenciais que reforçam nossa palavra, enquanto outras armas, de fogo real, nas mãos dos alunos, calam diplomas e vozes.


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A leitura desse texto nos convida a uma profunda reflexão sobre a educação na nossa sociedade. Como professor de Sociologia, vejo nele uma série de dilemas e observações que são fundamentais para o nosso estudo. A partir das ideias do autor, preparei cinco questões discursivas para que possamos aprofundar nossa análise.


1 - O autor define sua profissão não apenas como fonte de renda, mas como uma "contribuição efetiva para a sociedade". Que conceitos sociológicos podem ser usados para analisar o papel do professor como agente de transformação social e de que forma essa visão se alinha com o texto?

2 - No texto, a metáfora do "animal arisco domesticado" é utilizada para descrever o processo de aprendizagem e disciplina. Discuta: por que o autor defende que a falta de obstáculos e de "perigo" na escola pode ser prejudicial para os alunos?

3 - O autor critica a "aprovação sem mérito" e a falta de "pedagogia da punição". Explique como o conceito de controle social se aplica a essa visão e quais as possíveis consequências sociológicas da ausência de disciplina no ambiente escolar.

4 - O texto contrasta o "poder de fogo" do professor (diplomas) com o das "armas de fogo" dos alunos. Analise o que essa metáfora revela sobre as relações de poder e a crise de autoridade na educação, de um ponto de vista sociológico.

5 - A frase "a dor pode ser mestra e a disciplina, companheira de jornada" resume uma visão de mundo. Em sua opinião, o que a Sociologia diria sobre o papel do sofrimento e do conflito na socialização de um indivíduo para a vida em sociedade?

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