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domingo, 8 de dezembro de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(24) “Paternidade e Sexualidade: Uma Visão Moderna da Educação Cristã”

 

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(24) “Paternidade e Sexualidade: Uma Visão Moderna da Educação Cristã”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A visão tradicional e conservadora sobre a paternidade, muitas vezes associada a uma rígida moralidade, encontra respaldo em ensinamentos religiosos como "temer a Deus" (Provérbios 1:7). No entanto, essa abordagem, ao enfatizar a obediência cega e a repressão dos desejos, pode limitar o desenvolvimento saudável dos jovens.

Em contraponto, estudos modernos, como o de Isabela Santos (2021), apontam para a importância de um ambiente acolhedor e seguro para o crescimento emocional e intelectual das crianças. Paulo Freire, por sua vez, nos lembra que educar é um processo contínuo de construção de significados.

A sexualidade, tema central nessa discussão, exige uma abordagem sensível e livre de julgamentos. André Nascimento (2019) alerta para os riscos da imposição de valores morais rígidos, que podem gerar traumas e repressões. A filósofa Judith Butler (2004) amplia essa discussão, ao afirmar que a sexualidade é uma construção social complexa, que não se encaixa em categorias binárias.

O psicanalista Contardo Calligaris (2010) complementa essa perspectiva, defendendo a importância da empatia e da compreensão das necessidades individuais de cada jovem. A Bíblia, em Efésios 6:4, também nos exorta a educar os filhos com amor e sabedoria.

Em suma, a abordagem tradicional, embora motivada por boas intenções, revela-se insuficiente para os desafios da contemporaneidade. Uma paternidade mais progressista, fundamentada em conhecimentos científicos e no respeito à diversidade, é fundamental para a formação de indivíduos autônomos e felizes. Como disse Martin Luther King Jr., o progresso moral, embora lento, é inevitável.

Com base no texto apresentado, elaborei 5 questões que exploram os principais temas e incentivam a reflexão crítica dos alunos:

1. Qual a principal crítica do texto em relação à visão tradicional e conservadora sobre a paternidade?

Essa questão direciona o aluno a identificar a principal divergência entre a visão tradicional e a visão apresentada no texto, que é a ênfase na obediência cega e na repressão dos desejos.

2. Como os estudos modernos, citados no texto, contribuem para uma nova compreensão do papel paterno?

A questão incentiva o aluno a analisar como os estudos científicos, em especial o de Isabela Santos, contrapõem a visão tradicional, enfatizando a importância do acolhimento e da construção de um ambiente seguro para o desenvolvimento infantil.

3. Por que a abordagem da sexualidade deve ser feita com sensibilidade e respeito, de acordo com o texto?

Essa questão estimula o aluno a refletir sobre os possíveis danos causados pela imposição de valores morais rígidos na sexualidade, e a importância de uma abordagem mais aberta e respeitosa.

4. Qual a relação entre a visão tradicional da paternidade e a construção da identidade dos jovens?

A questão incentiva o aluno a pensar sobre como a forma como os pais educam seus filhos influencia a maneira como eles se veem e se relacionam com o mundo.

5. Como os conceitos de "amor" e "sabedoria", presentes em Efésios 6:4, podem ser conciliados com uma abordagem mais moderna da paternidade?

Essa questão convida o aluno a refletir sobre a possibilidade de conciliar os ensinamentos religiosos com uma visão mais atualizada sobre a paternidade, buscando um equilíbrio entre valores tradicionais e a necessidade de adaptação aos novos tempos.

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