MINHA CASA, MINHA GAIOLA ("RECLUSÃO: VIDRAÇA NO PRÉDIO, A PLANTA DENTRO DA SALA FALECE DE TÉDIO." — Daniel Brito)
Minha casa é minha gaiola, eu preso, protegido pelas rudes paredes compradas com dinheiro do trabalho difícil, e os malfeitores soltos e livres pelas ruas, divertindo-se à vontade. Racionalizando o valer a pena do sofrer engaiolamento, na atual circunstância, não deve ser motivo de tristeza para um "passarinho" que se preza, tendo de enfrentar, desarmado, os perigos da imensidão, regida pela lei dos mais fortes, ele desfruta de uma certa proteção. Acostumamos com o que não presta. O bom uso do direito de autodefesa quebra as cadeias. Mas, estando impossibilitado, só lhe resta cantar, e eu escreverei poemas por muito tempo aqui dentro, falando ao mundo de paz conquistada e merecida.
Como será o mundo, se os dóceis, frágeis e sensíveis se esquecerem de "voar" ou estiverem impossibilitados de procurar seu próprio alimento, quais aves velhas de gaiola?
É impossível, quando milhares de pessoas se unem, não promover a violência! Nem todos têm o mesmo objetivo em um tumulto, mas, por esta época de eleições, considerando a série de manifestações, em várias partes do país, só poderia resultar em um grande ato público nacional também violento: Os debates dos candidatos são apologias às violências: inventando mentiras, agredindo o adversário; importa ser o ídolo ou seguidor do ídolo. Nunca foi diferente na disputa pela sobrevivência e o conforto.
Como querem resolver os candidatos a violência das ruas, se precisa mesmo é de propostas que valha a pena uma manifestação contra a violência das manifestações. O brado dessas passeatas seria dirigidos a quem, na verdade? Aos bandidos! E fazem palestras a quem nem precisaria ouvir conselhos dessa natureza: O Cidadão de bem! As estatísticas e intimidações contendo frases de efeito, combatendo a violência em lugares inadequados. Sensibilizar bandido é um trabalho pouco rentável. O crime é um vício! Por que os fumantes apesar de muitas advertências no maço de cigarro, porém, até hoje, ainda, continuam fumando?
Repetiu o presidenciável, Bolsonaro, muitas vezes em sua campanha, o Dito popula: "Bandido bom é bandido morto". Se "Está morto: podemos elogiá-lo à vontade." (Machado de Assis). Morto não se envaidece, está insensível, bem como os viciados no mal. Vândalos, saqueadores e bandidos vivos e atuantes devem ser tratados cruelmente da mesma forma, com a qual eles nos tratam, talvez faça sentido, senão estaremos sendo cúmplices deles! "Os maus só têm cúmplices; os libertinos têm sócios de devassidão; o comum dos homens ociosos tem relações. Os homens virtuosos têm amigos." (Voltaire).
A palavra de Deus diz que devemos confiar na polícia: "AS AUTORIDADES SÃO INSTRUMENTOS DE DEUS PARA TEU BEM. MAS, SE FIZERES O MAL, TEME, PORQUE NÃO É SEM RAZÃO QUE LEVA A 'ESPADA'"(Rom 13:4). Embora na corporação tenha os poucos indignos, mas, pelo menos, obediência às autoridades é uma forma de combater a violência. Digo melhor, que meus impostos paguem uma polícia justa, consciente, forte e ativa. Eu confio nos órgãos públicos de defesa do cidadão, pois ainda saio para ir trabalhar, e ir ao supermercado, e tenho voltado em paz para minha gaiola. Apesar que não basta só ter casa, para onde voltar, precisamos de segurança, habilidade e autoconfiança.
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