"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 8 de março de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(15) "Amizades Mundanas e a Autenticidade"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(15) "Amizades Mundanas e a Autenticidade"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A religião cristã, de fato, preconiza uma postura cautelosa em relação às amizades, como é evidenciado em 1 Coríntios 15:33: "Não se enganem: 'As más companhias corrompem os bons costumes'". No entanto, a contemporaneidade nos convida a uma reflexão mais ampla sobre essa questão.

A ideia de contaminação por amizades mundanas, embora presente na Bíblia, pode ser questionada à luz da filosofia de Immanuel Kant, que defende a autonomia moral do indivíduo. Segundo Kant, somos capazes de discernir e escolher o bem, independentemente das influências externas.

Em vez de evitar completamente as influências mundanas, podemos buscar um equilíbrio, como sugerido por Aristóteles em sua doutrina do "Justo Meio". A tolerância e o diálogo, valores fundamentais em uma sociedade diversificada, podem nos permitir conviver com diferentes crenças e origens sem comprometer nossos princípios.

A metáfora da porta estreita, mencionada em Mateus 7:13-14, pode ser reinterpretada como um convite à autenticidade e à busca por relacionamentos verdadeiros. Como disse Søren Kierkegaard, filósofo e teólogo, "O mais importante na vida é ser autêntico".

Portanto, embora a Bíblia e a tradição cristã enfatizem a cautela em relação às amizades mundanas, é possível adotar uma postura mais equilibrada e aberta, valorizando a diversidade e a autenticidade em nossos relacionamentos. Como Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 5:21: "Examinem tudo. Retenham o bem".

quinta-feira, 7 de março de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(14) "A complexidade das relações humanas e a influência da fé e da moralidade nessas interações."

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(14) "A complexidade das relações humanas e a influência da fé e da moralidade nessas interações."

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A advertência bíblica para evitar amizades com pessoas consideradas más, como expresso em Provérbios 4:10-13, pode ser vista como uma orientação para a proteção pessoal e espiritual. No entanto, essa perspectiva pode limitar a compreensão humana e o crescimento pessoal. Como o filósofo Friedrich Nietzsche afirmou, "Aquele que luta com monstros deve ter cuidado para não se tornar um monstro. E se você olhar muito tempo para o abismo, o abismo olha para você."

A ideia de que o caminho dos ímpios é perigoso, conforme descrito em Provérbios 4:16-19, pode ser interpretada como uma advertência contra a tentação e a corrupção. No entanto, a diversidade de experiências e caminhos pode enriquecer o entendimento e o crescimento individual. Como disse o apóstolo Paulo em Romanos 8:28, "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."

A citação de I Coríntios 15:33, que afirma que más companhias corrompem bons costumes, destaca a importância de escolher cuidadosamente nossas associações. No entanto, como o filósofo Sócrates observou, "Não é o homem que é bom para o amigo que é amigo, mas o homem que é amigo do que é bom para o amigo."

A sugestão de que a regra de evitar amigos mundanos teria salvado diversas figuras bíblicas é questionável, pois a vida é multifacetada e sujeita a diversas circunstâncias imprevisíveis. Como Jesus disse em João 8:7, "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra."

Em uma perspectiva mais aberta, reconhecemos que a vida é composta por uma rede complexa de relacionamentos e experiências. A diversidade de influências pode contribuir para o crescimento e desenvolvimento pessoal, desafiando a rigidez de conceitos preestabelecidos. Como o filósofo Immanuel Kant afirmou, "O esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade de que ele próprio é culpado."

quarta-feira, 6 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(13) “Questionando a Salvação: Uma Análise Crítica da Instrução no Cristianismo”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(13) “Questionando a Salvação: Uma Análise Crítica da Instrução no Cristianismo”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O cristianismo destaca a instrução como uma tábua de salvação, mas é uma ideia que pode ser questionada. Como disse o filósofo Friedrich Nietzsche, "Aquele que tem uma razão para viver pode suportar quase qualquer coisa", sugerindo a importância do questionamento e da aprendizagem contínua.

A metáfora do marinheiro ilustra a necessidade de flexibilidade mental, em vez de seguir cegamente as instruções. Como o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento" (Romanos 12:2).

Jesus comparou a instrução à construção de uma casa sobre a rocha, mas é importante questionar e adaptar as instruções. Como disse o filósofo Immanuel Kant, "O esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado".

A insistência na obediência cega às instruções pode ser simplista. Provérbios 4:7 diz: "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria e com tudo o que possuis adquire o entendimento", destacando a importância do discernimento.

A ênfase na instrução como única salvação pode negligenciar outras formas de aprendizado. Como disse o filósofo John Dewey, "A educação não é preparação para a vida; a educação é a vida em si".

Portanto, é essencial adotar uma abordagem crítica em relação à instrução, reconhecendo sua importância, mas também avaliando sua aplicabilidade e considerando outras fontes de aprendizado. Como disse o filósofo grego Epicuro, "O início de todas as coisas é o conhecimento da natureza".

segunda-feira, 4 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(12) "A Sabedoria como Conhecimento Prático e Adaptativo"

 



CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(12) "A Sabedoria como Conhecimento Prático e Adaptativo"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O ensaio proposto questiona a ideia de que a sabedoria é a chave para uma vida bem-sucedida, sugerindo uma interpretação mais contemporânea e racional.

A sabedoria, no contexto moderno, é vista como um conhecimento prático e adaptativo. Como disse Albert Einstein, "A medida da inteligência é a capacidade de mudar". A importância do aprendizado contínuo e do desenvolvimento de habilidades é destacada, em vez de uma dependência estrita de referências bíblicas.

A vida é complexa e imprevisível, e superar obstáculos é parte do processo de crescimento e aprendizado. Como afirmou Friedrich Nietzsche, "Aquilo que não me mata, me fortalece". A resiliência e a capacidade de aprender com os desafios são mais relevantes do que evitar completamente as dificuldades.

A ênfase na humildade e na submissão a autoridades religiosas é questionada, destacando-se a importância da autonomia e da responsabilidade individual. Como Paulo escreveu aos Gálatas (Gálatas 5:1), "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou".

Em resumo, a vida não é necessariamente uma escolha entre seguir o caminho da sabedoria ou o caminho da tolice, mas sim uma jornada complexa que exige adaptação, resiliência e um equilíbrio saudável entre ambição e contentamento. Como Salomão escreveu em Provérbios (Provérbios 4:7), "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento".

domingo, 3 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(11) "Educação dos filhos: uma visão crítica"

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(11) "Educação dos filhos: uma visão crítica"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O ensaio teológico proposto apresenta uma visão desafiadora sobre a educação dos filhos, enfatizando a importância dos preceitos bíblicos. No entanto, uma análise crítica revela lacunas e limitações nessa abordagem. Como afirmou George Bernard Shaw, "Uma vida inteira de felicidade! Nenhum homem vivo conseguiria suportá-la", sugerindo que a rigidez proposta pode não ser a única via para uma vida plena.

A crítica ao sistema educacional atual, com a rejeição do ensino em artes liberais, carece de uma compreensão mais ampla das diversas formas de educação e do valor que cada uma pode agregar. O foco exclusivo na educação doméstica, embora possa ser benéfico, não considera as diferentes realidades e necessidades das famílias modernas.

Além disso, a insistência na ousadia, dogmatismo e crítica como única resposta frente às oposições, pode gerar um ambiente de intolerância, afastando-se do diálogo construtivo. O uso de citações como respaldo à postura crítica também pode ser questionado, pois, como observado por Isaac Asimov, "A verdadeira prova de sabedoria é a modéstia".

Em última análise, a busca por uma educação que proporcione bênçãos de Deus e sucesso aos filhos é nobre, mas a diversidade de caminhos para alcançar esses objetivos deve ser reconhecida. O diálogo, a adaptabilidade e o respeito às diferenças podem ser tão valiosos quanto a ousadia e a crítica. Afinal, a sabedoria está em reconhecer a complexidade da jornada educacional e buscar um equilíbrio entre os princípios sólidos e a flexibilidade necessária para enfrentar os desafios modernos.

sábado, 2 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(10) “A Sabedoria no Século 21: Entre a Fé e a Ciência”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(10) “A Sabedoria no Século 21: Entre a Fé e a Ciência”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A busca pela sabedoria, muitas vezes vista como um caminho para uma vida longa e plena, é um tema que merece uma análise cuidadosa. No entanto, em um mundo cada vez mais guiado pela ciência e pela lógica, é fundamental reconsiderar a noção de que a sabedoria, muitas vezes vinculada a referências religiosas, seja o único caminho para uma existência prolongada e bem-sucedida.

Ao invés de depender exclusivamente de ensinamentos tradicionais, devemos reconhecer a importância da informação atualizada e baseada em evidências. Como afirmou o filósofo contemporâneo Karl Popper, "A verdadeira ignorância não é a ausência de conhecimento, mas a recusa em adquiri-lo". Isso sugere que a sabedoria não deve ser limitada a preceitos antiquados, mas sim abraçar os avanços e descobertas da era moderna.

Em contrapartida à ideia de que seguir conselhos é uma questão de humildade, podemos considerar que a disposição para aceitar novas informações e ajustar nossas crenças é um sinal de inteligência e adaptabilidade. Como ressaltou o pensador moderno Alvin Toffler, "Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender". A rigidez na adesão a antigos ensinamentos pode, na verdade, limitar nosso potencial de aprendizado e crescimento.

É imperativo reconhecer que a sabedoria não é monopolizada por fontes tradicionais. O conhecimento científico, conselhos psicológicos e insights filosóficos modernos também desempenham um papel crucial na compreensão da vida e na tomada de decisões informadas. Em vez de confiar cegamente em autoridades religiosas, devemos adotar uma abordagem crítica e eclética para alcançar uma vida plena.

Portanto, a noção de que a sabedoria convencional é a única garantia para uma vida longa e bem-sucedida é questionável. Ao integrar conhecimentos contemporâneos e abraçar a diversidade de fontes de sabedoria, podemos desenvolver uma compreensão mais holística e adaptável da vida, proporcionando uma base mais sólida para o sucesso e a longevidade. Como disse o filósofo contemporâneo Zygmunt Bauman, "A incerteza é a única certeza que existe, e saber lidar com a insegurança é a única segurança", indicando a importância da busca contínua pelo conhecimento.

sexta-feira, 1 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(9) “Sabedoria e Vida: Uma Análise da Espiritualidade no Mundo Moderno”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(9) “Sabedoria e Vida: Uma Análise da Espiritualidade no Mundo Moderno”

Por Claudeci Ferreira de Andrade


A sabedoria é, sem dúvida, um valor inestimável, mas a vida é complexa e não pode ser reduzida a uma única dimensão. Como disse Albert Einstein, "A medida da inteligência é a capacidade de mudar". A vida de Howard Hughes e da princesa Diana são exemplos de como a sabedoria não garante uma vida plena.

Os religiosos argumentam sobre a primazia da sabedoria, baseando-se nas histórias bíblicas de Salomão e Davi. No entanto, como disse o filósofo Sócrates, "Só sei que nada sei", indicando que a sabedoria vem do reconhecimento de nossa própria ignorância.

A educação acadêmica, as conquistas atléticas e o sucesso financeiro são aspectos importantes da vida e não devem ser vistos como desvios do caminho sábio. Como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 9:24, "Vocês não sabem que dentre todos os corredores no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal maneira que alcancem o prêmio".

A sabedoria não deve ser buscada exclusivamente através da leitura das Escrituras, pois isso pode limitar nosso entendimento do mundo. Como disse o cientista Carl Sagan, "Somos uma maneira do cosmos se conhecer", sugerindo que a busca pelo conhecimento é uma parte fundamental de nossa existência.

Em suma, uma abordagem equilibrada, que reconheça a interconexão de valores espirituais, intelectuais e práticos, ofereceria uma visão mais realista e aplicável às demandas do mundo atual.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(8) "O Sucesso em Diversas Tonalidades"

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(8) "O Sucesso em Diversas Tonalidades"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

As religiões, de fato, apresentam uma visão de sucesso baseada na busca pela sabedoria, exaltando-a como a chave para a promoção e honra divina. Como Provérbios 4:7 afirma, "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria". No entanto, é importante considerar que o sucesso não é unicamente vinculado à busca pela sabedoria.

Na sociedade contemporânea, o sucesso é multifacetado e pode envolver diversos elementos, como habilidades práticas, inovação e contribuição para o bem-estar coletivo. Como Albert Einstein disse uma vez, "A imaginação é mais importante que o conhecimento".

A diversidade de habilidades e talentos também desempenha um papel crucial no sucesso. A sociedade moderna valoriza não apenas o conhecimento teórico, mas também a aplicação prática desse conhecimento para resolver problemas do mundo real.

Pensadores contemporâneos, como Steve Jobs e Elon Musk, alcançaram realizações notáveis em suas áreas, mesmo sem seguir uma busca fervorosa pela sabedoria filosófica. Suas trajetórias sugerem que o sucesso pode ser alcançado de maneiras diversas, não se limitando apenas à busca pela sabedoria tradicional.

Portanto, ao invés de focar exclusivamente na promoção e honra como resultados da busca pela sabedoria, é relevante considerar a importância da inovação, criatividade e contribuição para a sociedade como critérios valiosos de sucesso. Dessa forma, ampliamos a perspectiva, reconhecendo que a sabedoria é apenas uma das várias vias que podem conduzir ao êxito. Como Paulo escreveu em 1 Coríntios 12:4, "Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo".