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sexta-feira, 8 de março de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(15) "Amizades Mundanas e a Autenticidade"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(15) "Amizades Mundanas e a Autenticidade"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A religião cristã, de fato, preconiza uma postura cautelosa em relação às amizades, como é evidenciado em 1 Coríntios 15:33: "Não se enganem: 'As más companhias corrompem os bons costumes'". No entanto, a contemporaneidade nos convida a uma reflexão mais ampla sobre essa questão.

A ideia de contaminação por amizades mundanas, embora presente na Bíblia, pode ser questionada à luz da filosofia de Immanuel Kant, que defende a autonomia moral do indivíduo. Segundo Kant, somos capazes de discernir e escolher o bem, independentemente das influências externas.

Em vez de evitar completamente as influências mundanas, podemos buscar um equilíbrio, como sugerido por Aristóteles em sua doutrina do "Justo Meio". A tolerância e o diálogo, valores fundamentais em uma sociedade diversificada, podem nos permitir conviver com diferentes crenças e origens sem comprometer nossos princípios.

A metáfora da porta estreita, mencionada em Mateus 7:13-14, pode ser reinterpretada como um convite à autenticidade e à busca por relacionamentos verdadeiros. Como disse Søren Kierkegaard, filósofo e teólogo, "O mais importante na vida é ser autêntico".

Portanto, embora a Bíblia e a tradição cristã enfatizem a cautela em relação às amizades mundanas, é possível adotar uma postura mais equilibrada e aberta, valorizando a diversidade e a autenticidade em nossos relacionamentos. Como Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 5:21: "Examinem tudo. Retenham o bem".

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