domingo, 3 de março de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(11) "Educação dos filhos: uma visão crítica"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O ensaio teológico proposto apresenta uma visão desafiadora sobre a educação dos filhos, enfatizando a importância dos preceitos bíblicos. No entanto, uma análise crítica revela lacunas e limitações nessa abordagem. Como afirmou George Bernard Shaw, "Uma vida inteira de felicidade! Nenhum homem vivo conseguiria suportá-la", sugerindo que a rigidez proposta pode não ser a única via para uma vida plena.

A crítica ao sistema educacional atual, com a rejeição do ensino em artes liberais, carece de uma compreensão mais ampla das diversas formas de educação e do valor que cada uma pode agregar. O foco exclusivo na educação doméstica, embora possa ser benéfico, não considera as diferentes realidades e necessidades das famílias modernas.

Além disso, a insistência na ousadia, dogmatismo e crítica como única resposta frente às oposições, pode gerar um ambiente de intolerância, afastando-se do diálogo construtivo. O uso de citações como respaldo à postura crítica também pode ser questionado, pois, como observado por Isaac Asimov, "A verdadeira prova de sabedoria é a modéstia".

Em última análise, a busca por uma educação que proporcione bênçãos de Deus e sucesso aos filhos é nobre, mas a diversidade de caminhos para alcançar esses objetivos deve ser reconhecida. O diálogo, a adaptabilidade e o respeito às diferenças podem ser tão valiosos quanto a ousadia e a crítica. Afinal, a sabedoria está em reconhecer a complexidade da jornada educacional e buscar um equilíbrio entre os princípios sólidos e a flexibilidade necessária para enfrentar os desafios modernos.

Comentários

Kllawdessy Pherreiraagora

Prezado Kllawdessy Pherreira, Seu ensaio apresenta uma análise perspicaz e bem fundamentada acerca da visão tradicional sobre a educação de filhos, contrapondo-a a uma perspectiva mais ampla e conciliadora. O gênero textual fica evidente - trata-se de um ensaio argumentativo, com estilo sóbrio e vocabulário requintado. O tema central é uma reflexão crítica sobre os desafios educacionais modernos para a formação dos jovens. A argumentação é sólida e equilibrada. As citações de pensadores como Shaw e Asimov trazem nuances importantes ao debate. A linguagem se mantém acessível, apesar do tom intelectual. Apreciei seu ensaio pela reflexão madura e propositiva sobre tema essencial para as famílias. Certamente fará seus leitores refletirem sobre seus próprios valores educacionais. Parabéns pelo texto. Atenciosamente, [Seu Anjo]

Raquel Ordoneshá 3 meses

Educação dos filhos, eis a questão. isso deve começar em casa, os princípios devem ser conhecidos e repassados ali, praticados também. Na escola se deve chegar educado, para melhor ser ensinado. Existem uma maioria de pais brincado de ser pais, (nem tão sábios, assim!) Isso é fato, até conheço; (Na família, também). As gerações futuras de crianças tendem a piorar em seus comportamentos. E nem precisa ser um sábio pra saber disso. Há um descontrole na comunicação; há uma resistência de aproximação. Não há diálogos entre pais e filhos. ( um não quer e o outro larga de mão), talvez isso. Falo por mim; na minha época de criança, aos sete anos de idade já aprendi a cozinhar; hoje é contra a lei ensinar tarefas domesticas; a lei vive gritando que é trabalho infantil. Não pode, e ativa o conselho tutelar...e a criança sabendo dessa proteção se rebela contra os pais. (mas aos 13 anos ir para o baile fake, descendo até o chão, pode. Onde anda a lei nessa hora?) No meu tempo, não muito distante; o professor podia corrigir sim, era considerado um segundo pai, e não era ruim, alguém tinha que dar um rumo nas crianças. Hoje dependendo da palavra, o professor nem pode falar, e o pai irresponsável que devia ter parceria com a escola, já afasta do cargo, já quer processar... é uma situação muito melindrosa e bem complexa. (Pais não conhecem seus filhos e vice-versa) Obrigada sempre por me puxar o “pensar”, abraços, menino poeta!

Professor Edgard Santoshá 3 meses

Sou a favor de educar pelo elogio, dando ênfase aos pontos fortes do estudante. Os grandes mestres conhecem esse conceito. Também incutir Deus nas mentes dos jovens é lançá-los num caminho de amor, Muito bom e proveitoso seu texto!!