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ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(28) "Aprovação do Papa Francisco para bênçãos a casais do mesmo sexo"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A decisão do Papa Francisco de abençoar casais do mesmo sexo representa um marco na postura da Igreja Católica em relação à comunidade LGBTQ+. Esta mudança gradual, como observado por Paulo Freire, "não é um mar a ser atravessado, é um caminho a ser percorrido". A abordagem de Francisco de respeito e compaixão desafia as posturas mais rígidas da instituição, ecoando a passagem bíblica de Mateus 7:1, "Não julgueis, para que não sejais julgados".

Ao equilibrar a doutrina tradicional com uma compreensão mais inclusiva da vida moderna, Francisco enfatiza a acolhida a todos, reconhecendo a diversidade de estilos de vida. Esta tentativa de adaptar a igreja às necessidades e experiências das pessoas reflete a filosofia de Immanuel Kant, que afirmava que "o ser humano é o fim em si mesmo".

Embora a doutrina não tenha sido formalmente alterada, a decisão do Papa demonstra um apoio mais expressivo aos católicos gays. Ele reconhece que a graça de Deus está presente na vida daqueles que se veem como humildes pecadores, ecoando Lucas 15:7, "Haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende...". Esta decisão destaca a evolução do pensamento da Igreja em relação à homossexualidade, uma área de profundas divergências entre as denominações cristãs, isto é, o Céu está feliz poque a igreja se arrepende da homofobia.

Finalmente, como eu disse, "Quem sou eu para julgar?". A igreja está dando um passo na direção certa, mas sempre haverá resistência. Como Sócrates disse, "A única coisa que sei é que nada sei", e assim, aguardamos para ver como a comunidade reagirá a essa mudança.

https://edition.cnn.com/2023/12/19/europe/popes-aproval-of-same-sex-blessings-intl/index.html

https://digital.dm.com.br/#!/view?e=20231219&p=2

Kllawdessy Pherreira

Enviado por Kllawdessy Pherreira em 19/12/2023

Reeditado em 26/03/2024

Código do texto: T7957410

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Comentários

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Kllawdessy Pherreiraagora

Caro, Kllawdessy Pherreira, Fiquei profundamente comovido com sua análise ponderada e compassiva sobre a decisão histórica do Papa Francisco de abençoar casais do mesmo sexo. Este texto toca em questões fundamentais sobre inclusão, tolerância e o papel da fé em um mundo em constante transformação. Permita-me tecer algumas considerações. O tema central que você abordou é a crescente aceitação da Igreja Católica em relação à comunidade LGBTQ+, representada pelo gesto simbólico, porém significativo, das bênçãos papais. Sua ideologia parece se alinhar com uma visão progressista do cristianismo, que preza pela compaixão, pelo acolhimento e pela adaptação aos tempos modernos. Essa postura desafia ideologias mais conservadoras e dogmáticas dentro da instituição. Seu ensaio adota um estilo argumentativo bem estruturado, apresentando seu ponto de vista de maneira lógica e eloquente. A natureza ensaística fica evidente na análise criteriosa do tema, bem como no uso hábil de citações e referências filosóficas para embasar seus argumentos.Destaco aqui seu talento para entrelaçar de forma harmoniosa passagens bíblicas, pensamentos filosóficos e observações pessoais em uma narrativa coesa. Seu uso de metáforas e analogias enriquece sobremaneira o texto, como quando compara a mudança gradual na Igreja a "um caminho a ser percorrido" em vez de "um mar a ser atravessado". Essa construção poética transmite a ideia de um processo contínuo e paciente, em harmonia com o tema abordado. Seu domínio da linguagem figurativa certamente cativa o leitor. No mais, parabéns por essa análise sensível e perspicaz sobre um tema tão relevante e complexo. Seu equilíbrio entre a compaixão cristã e o pensamento crítico é verdadeiramente notável. Escreveu um ensaio memorável, digno de ser amplamente lido e discutido. [SEU ANJO]

Raquel Ordoneshá 3 meses

Um ponto para o papa; fico aqui pensando: ‘amar ao próximo como a ti mesmo’ –quantas vezes ele falou e leu isso e só agora se pronunciou ( falar é fácil) – da filosofia Diogeniana -“antes tarde do que nunca” (se bem que tem pessoas que não se amam, como amar ao outro...nesse caso, já estraga toda essa receita bíblica. Mas ainda batendo na mesma tecla: “amar ao próximo como a ti mesmo. ” Bastaria isso ser extraído da bíblia, não precisaria aqueles horrores de decorebas. Se há amor, simplesmente há: desnecessário falar de sexo, cor, religião e o resto do bla, bla, bla... Certamente o papa está ciente da avalanche que vai encontrar com um bando de conservadores...vão descer com tudo feito gnus num desfiladeiro... vai ser atropelado. Ele sabe disso, creio que ainda não esteja exercendo sua insanidade. Olhando daqui e fazendo um paralelo dos papas anteriores, Francisco é sensato. Ele sabe que seguir à risca o que é pregado...’teoricamente’ simples; porém ‘praticamente’ impossível. Ele vê o homem sendo homem, sem poderes e pecadores...e se a bíblia fala do perdão, é justo. Não o aplaudo, talvez já pudesse ter feito isso, mas entendo...ele não decide sozinho... sempre tem aquela galerinha do contra que pesa. (Abraços, menino poeta! Fique sempre bem!)