"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

A maior denúncia de que o conforto do silêncio manipulado é prejudicial está na presença legalizada de alunos analfabetos, os quais não sabem assinar seu próprio nome no sexto ano fundamental.
Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 5 de setembro de 2015

AS ÁGUAS VÃO ACABAR? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)



Crônica

AS ÁGUAS VÃO ACABAR (CONOSCO)? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Em um dia de inverno, enquanto o sol lutava para aquecer a atmosfera, uma conversa me despertou para uma reflexão profunda sobre a fragilidade da nossa relação com os recursos naturais. "A água vai acabar", disseram as instrutoras do curso sobre meio ambiente. A frase ecoou em minha mente como um alerta sobre a crise que se anuncia.

Diante daquela afirmação, uma série de indagações me invadiu. Se a água vai acabar, para onde ela irá? Em que se transformará? E a chuva, seria um desperdício de água? A torneira pingando na cozinha, seria um ato de negligência?

Busquei respostas para minhas perguntas, e a conclusão foi inevitável: o problema não é a água em si, mas sim o tratamento que dispensamos a ela. A água da torneira, se tratada, é um recurso valioso que não podemos desperdiçar. Mas, com as tecnologias avançadas que temos à disposição, a falta de água potável e acessível tornar-se-á uma realidade cada vez mais presente.

A água é tão essencial para a vida quanto o ar que respiramos. E este, ironicamente, está tão poluído quanto a água que consumimos. No entanto, ninguém se atreve a afirmar que o ar vai acabar. Mas, se os ricos começassem a medir o consumo de ar por pessoa, leis logo surgiriam para regulamentar e taxar esse recurso essencial.

Enquanto isso, a população comum é incentivada, e até mesmo coagida por lei, a economizar água sob ameaça de multa, enquanto os mais abastados desfrutam de piscinas e cascatas iluminadas em suas propriedades.

E o fogo, vai acabar? E a terra, também? Os terraplanistas quase reduziram o globo terrestre a uma pizza, mas a verdade é que os quatro elementos fundamentais para a vida na Terra – água, ar, fogo e terra – deveriam ser considerados bens públicos, com tratamento e uso adequados e acessíveis a todos.

A conscientização sobre o descarte correto de lixo é válida, mas não podemos ignorar o crescimento populacional desenfreado, que aumenta a contaminação da água, do ar e da terra. Qual seria o destino ideal para o lixo que produzimos? Aterros sanitários, seleção e incineração são apenas paliativos que, a longo prazo, não resolvem o problema e ainda geram outros impactos negativos.

Lamento ser pessimista, mas a realidade é cruel: a população da Terra cresce exponencialmente, e os recursos naturais tornam-se cada vez mais escassos. O que farão os ecologistas, biólogos, químicos e engenheiros ambientalistas quando a população mundial atingir 13 bilhões de habitantes?

Acredito que a água potável nunca irá acabar, mas seu acesso será cada vez mais restrito e caro, penalizando os mais pobres. A natureza, sábia e resiliente, encontrará formas de combater o "golpe da água", mas a que custo para a humanidade?

Diante desse cenário, a educação torna-se a chave para a mudança. Precisamos despertar a consciência crítica dos alunos para que compreendam a importância da preservação dos recursos naturais e da responsabilidade individual e coletiva.

Que esta crônica sirva de alerta e de incentivo à ação. Que possamos usar a tecnologia com sabedoria, para que ela seja uma ferramenta a serviço da educação e da sustentabilidade, e não um obstáculo para a construção de um futuro mais justo e equilibrado para todos.

5 Questões Discursivas Detalhadas sobre a Crônica "Reflexões Sobre a Água, o Ar e a Insustentabilidade Humana":

A crônica levanta a questão da disparidade entre o discurso de "economizar água" e a prática de consumo da elite. Discuta como essa contradição se manifesta na sociedade e quais as implicações sociais e ambientais dessa desigualdade.

Habilidade: Analisar criticamente discursos e práticas relacionados ao consumo de recursos naturais, identificando contradições e desigualdades.

Considerações: O aluno pode abordar a diferença entre o discurso de sustentabilidade e a prática de consumo da elite, a falta de acesso igualitário aos recursos naturais, a mercantilização da água e outros elementos relacionados à temática.

A crônica compara a água com o ar, questionando por que a escassez da água é tão debatida enquanto a poluição do ar é ignorada. Explique essa comparação e discuta as possíveis razões para essa diferença de tratamento, considerando aspectos econômicos, políticos e sociais.

Habilidade: Comparar diferentes situações relacionadas à questão ambiental, identificando semelhanças e diferenças, e relacionando-as a fatores econômicos, políticos e sociais.

Considerações: O aluno pode abordar a questão da mercantilização da água versus a dificuldade de taxar o ar, a influência de grupos de interesse na definição de políticas públicas, a falta de informação e conscientização sobre a poluição do ar, entre outros aspectos.

A crônica critica o modelo de desenvolvimento baseado no crescimento populacional e na exploração desenfreada dos recursos naturais. Discuta essa crítica, relacionando-a com a problemática do lixo e a busca por soluções sustentáveis.

Habilidade: Avaliar criticamente o modelo de desenvolvimento vigente, relacionando-o com a problemática ambiental e a busca por alternativas sustentáveis.

Considerações: O aluno pode abordar a questão do consumismo, da produção de lixo e seus impactos ambientais, da necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento, da importância da economia circular e de outras soluções sustentáveis.

A crônica levanta a hipótese de que a água potável nunca irá acabar, mas seu acesso será restrito e caro, penalizando os mais pobres. Discuta essa afirmação, relacionando-a com a questão da justiça ambiental e do direito à água como um bem essencial à vida.

Habilidade: Refletir sobre a relação entre a questão ambiental e a justiça social, reconhecendo o direito à água como um direito humano fundamental.

Considerações: O aluno pode abordar a questão da mercantilização da água, da desigualdade social e seus impactos na distribuição dos recursos naturais, da importância de políticas públicas que garantam o acesso à água potável para todos, entre outros aspectos.

A crônica enfatiza o papel da educação como chave para a mudança. Explique a importância da educação ambiental crítica e transformadora na formação de cidadãos conscientes e engajados na defesa do meio ambiente.

Habilidade: Analisar o papel da educação na construção de uma sociedade mais justa e sustentável, reconhecendo a importância da educação ambiental crítica e transformadora.

Considerações: O aluno pode abordar a importância da educação ambiental para a conscientização sobre os problemas ambientais, para o desenvolvimento de valores e práticas sustentáveis, para o estímulo à participação cidadã e para a construção de um futuro mais justo e equilibrado para todos.

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sábado, 29 de agosto de 2015

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)




Crônica da vida escolar

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Já vi por muitas vezes os alunos fazerem abaixo assinado, querendo se livrar de professores indesejáveis; agora, professor recorrer do maldito instrumento para se livrar da turma insuportável é a primeira vez. Está achando ridículo? Então, tente imaginar as condições daquele sexto ano de quarenta e cinco alunos indisciplinados, com uma idade variando dos dez aos dezessete anos, onde os mais velhos massacram os mais novos! E pior, eu também o assinei procurando me livrar deles! E os costumados a colaborar, viciados nas vaquinhas de tudo, até pagando a confecção do horário das aulas, pois a coordenadora nem conseguiu fazê-lo, de forma alguma ofereceram resistência alguma a assinar, também, a petição. O desfecho não foi favorável, mas percebi que, na escola, uma assinatura de um aluno "de menor" vale mais do que a de um professor pós-graduado, em se tratando da permanência do mesmo.

Até então, eu acreditava na revolução dos docentes rumo à melhora do sistema educacional, contudo morreram todas as minhas crenças nisso. "É abominável quando a serva manda em sua senhora" (Prov. 30:23). Porém, por aqui, primeiro manda os alunos, depois os pais dos alunos, ... enfim, o caranguejo, numa marcha à ré, vai disparado ao brejo, porque a vaca já está lá. E outros estão usando o brejo também para lavar a égua.

Quase nunca se tem dinheiro para nada na escola, as verbas jamais vieram, não prestaram as contas na data marcada, e condições melhoradas de trabalho nem se fala, é uma peleja, parece-me que essa deficiência nos enfraquece perante a comunidade. Nem o machismo, ou feminismo, ou o modismo somam forças suficientes para arrastar o carrancismo da história educacional. O apagão, ou melhor, o "alunadão" de todas as penumbras escurece os lugares que deviam estar iluminados. Escola deveria ser lugar de estudante, mas é primeiramente de políticas! Todavia, a verdade sempre aparece, e aqueles, os semeadores do mal devem fazer a colheita no inferno.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 21/08/2015
Reeditado em 29/08/2015
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sábado, 8 de agosto de 2015

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )



Crônica

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                      Quando terminaram as férias de julho (2015), precisei fazer um complemento de minha carga horária em outra unidade escolar municipal. Sim, na unidade em que eu estivera sempre lotado na carga completa. Bastaram-me avisar o fechamento de uma turma, então eu já sabia onde ir: Secretaria de educação. Lá fui bem recebido, apesar da demora na sala de espera, contudo percebi o empenho, a auxiliar da Secretária de educação se esforçou o máximo procurando uma localidade para mim. Finalmente, recebi uma ordem de serviço garantindo-me oito aulas de produção textual. De certa forma, eu estava feliz, até que me deparei com o verdadeiro problema, cheguei onde me mandava o documento: Sorrisos hipócritas para cá e para lá, apertam minha mão um e outro, mas a Professora de quem assumi as aulas visivelmente triste e abatida, com certeza se vigará, nunca mais posso contar com ela ali naquela unidade escolar, e não devo esperar elogios dela. Diminuiu seu salário por minha causa. Será mais uma a "puxar meu tapete". 

           E o problema foi se avolumando, vi uma grande barreira quando o diretor e sua secretária local expuseram a tamanha dificuldade em mudar o horário das aulas, senti-me disforme e "encaixável". Por um instante, juro que pensei sair correndo dali e voltar à secretaria para abandonar aquelas aulas, terminar o ano na carga mínima. Por último, depois de sentirem meu constrangimento, sugeriram que eu pegasse carga completa ali, evitando mexer no horário deles. O que não evitaria a confecção de novo horário das aulas na outra escola sem mim por lá. Confusão alegada, o gestor estava preocupado só com o umbigo dele. Queria de imediato meus dias disponíveis como se dependesse somente disto para destravar aquele impasse.  A essa altura, eu nem estava mais raciocinando direito, ensurdecido pelos "iixiiii" da auxiliar de secretaria que escutava a conversa. Ela nunca me simpatizou, jamais seria agora, ainda é mãe de um ex-aluno meu, franzindo a testa, pediu-me de imediato e taxativamente a cópia de todos os meus documentos para formar uma pasta colecionando meus dados ali. Eu não estava lhe pedindo uma modulação ali, era uma ordem da Secretaria para completar a minha modulação da outra escola. Em meio a suspeita de inadequação ou praxe, senti-me testado. Pensei em me defender, porém, como? 
           Passadas duas semanas, finalmente ficou pronto o horário de aula, parecia-me ter algo errado, exigi minhas oito aulas autorizadas na ordem de serviço da secretaria, mas imediatamente me fizeram assinar um documento no qual me fazia ciente de que eram só, exatamente, oito aulas. Também achei estranho! Lógico, perdi uma aula de planejamento. Deixa para lá. Decidi pela maneira mais difícil, vou aceitar o desafio e permanecerei até não puder mais. Talvez terei dolorosos assuntos, pelo resto do ano, para compor minhas crônicas da vida escolar, como lucro. Pois, não recebi pagamento algum por aquelas aulas, no início do quarto bimestre fui convocado pela secretária de minha escola de modulação para assinar um ciente de carga mínima (15 aulas, o documento está na secretaria de educação municipal, significou que aquelas aulas nunca entraram na folha).
            Aí, não adiantou ter lido Frederick Herzberg:  "A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento." Todavia o "trator de esteira" aqui não sabe o que é isso.  Também aprendi, onde está o outro extremo, com Frank Lloyd Wright: "Um profissional é aquele que faz o seu melhor trabalho quando menos vontade tem de o fazer". Como sempre fiz, enfrentarei os problemas, fazendo o que tem de ser feito. Mesmo o pensamento do Bruno Toddy advertindo-me: "Pessoas agem pelos seus próprios esforços, como um "Trator de indignações", e acabam deixando de lado a confirmação e vontade de Deus!" Que Deus me perdoe, mas o que me roubaram outros instrumentos de diabo o defraudarão seus despojos.  O Meu perdão não lhe salva das consequências.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/08/2015
Reeditado em 07/08/2015
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sexta-feira, 31 de julho de 2015

EM FÉRIAS COM PAPAI (É como se eu restaurasse meu sistema operacional, funciono melhor!)



Crônica

EM FÉRIAS COM PAPAI (É como se eu restaurasse meu sistema operacional, funciono melhor!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Voltar à terra onde nasci é como entrar em uma cápsula que só o coração entende. Cada esquina tem cheiro de infância, cada objeto guarda alma, e cada reencontro reflete o que fui. Não se trata apenas de nostalgia — é necessidade. Preciso desse mergulho no passado para decifrar o presente, como quem relê um livro querido não para repetir os passos, mas para compreender melhor as entrelinhas. Araguaína, onde vivi os meus primeiros vinte anos, ainda me reconhece. Me acolhe sem exigências, como se o tempo entre nós tivesse feito apenas uma pausa.

Com o tempo, percebo que não volto apenas ao lugar, mas também a mim mesmo. E, curiosamente, saio de lá mais inteiro. Meus pés sabem o caminho, e meu peito sabe o que sente. Essas visitas são como atualizações do meu sistema operacional — ajustes sutis que me permitem viver o presente com mais clareza. Afinal, como disse Kierkegaard: *“A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.”*

Desta vez, fui recebido por um silêncio antigo, desses que não fazem barulho, mas dizem muito. O cheiro da oficina do meu pai me puxava pelos sentidos — graxa, poeira fina e lembrança. Aos oitenta anos, lá estava ele, ainda firme, afiando a tesoura com que corta lonas e remenda guarda-chuvas. E, num canto funcional, reencontrei a velha máquina de costura, com a marca em alto relevo: "LEONAM". Um detalhe que só agora percebi: lido ao contrário, o nome se revela como "MANOEL" — o nome do meu pai. Como se o tempo houvesse escondido pistas para que apenas hoje eu as descobrisse.

Aquela máquina, que um dia foi vendida em tempos difíceis, foi comprada de volta por ele — não apenas por seu valor prático, mas por carregar a presença invisível de minha mãe. Era ela quem a usava por horas a fio, moldando tecidos como quem tece destinos. O som ritmado do pedal ainda ecoava na minha memória. E nós, seus filhos, vestidos com roupas idênticas feitas de um mesmo tecido comprado em metro único, zombávamos de nós mesmos: “a turma tinta”.

Tentei lembrar de seu rosto, mas o que me veio foi o formato do amor dela — simples, constante, silencioso. Talvez seja isso o que reste de quem amamos: uma presença sem corpo, mas cheia de forma. E ali, naquele exato momento, compreendi que nossos objetos guardam as vozes de quem os usou, como se fossem relicários de afeto. A máquina, silenciosa e presente, era como um sussurro do passado dizendo que o amor, quando verdadeiro, resiste ao tempo.

Meu pai, com olhos marejados e voz firme, confidenciou que aquela máquina era mais que uma ferramenta — era um elo. Uma extensão da presença dela, ainda ajudando, ainda ali. Aquele gesto me tocou profundamente. Não chorei por arrependimento, mas por gratidão. Gratidão por entender, mesmo tardiamente, tudo o que significava.

Hoje, mesmo sendo pai, continuo sendo filho. E compreendo meu pai com os olhos daquele menino que um dia segurou a barra da saia da mãe. É curioso como, com o tempo, passamos a ver nossos pais não apenas como figuras de autoridade, mas como espelhos do que também somos.

Minhas raízes, embora longe do solo, continuam a crescer — mas agora para dentro. Em silêncio, peço a Deus mais tempo. Não para mudar o passado, mas para honrá-lo. Porque só quem sente saudade sabe o peso exato do amor. E meu pai, ainda vivo, é meu último elo com tudo o que me ensinou a ser inteiro. Ele é meu presente — e, por isso, eterno.


Esta crônica é um belo exemplo de como a experiência pessoal e a memória afetiva se entrelaçam com temas caros à Sociologia, como a identidade, a família, o lugar e a cultura material.

Com base nas ideias principais do texto e com um olhar sociológico, preparei 5 questões discursivas simples:


1. Lugar e Identidade: O autor descreve o retorno à sua terra natal como uma necessidade para se compreender melhor e sentir-se "inteiro". Do ponto de vista sociológico, como o "lugar de origem" (terra natal, raízes) e a memória ligada a ele contribuem para a construção da nossa identidade individual e social?

2. A Sociologia dos Objetos: A máquina de costura no texto é mais do que uma ferramenta; ela guarda a memória da mãe, lições de vida e a própria presença dela. Como a Sociologia da Cultura Material (ou Sociologia dos Objetos) nos ajuda a entender como objetos cotidianos podem carregar significados sociais e afetivos profundos, funcionando como "relicários de afeto" e portadores de história familiar?

3. Dinâmicas Familiares e Papéis Geracionais: O autor reflete sobre como, com o tempo, ele, sendo pai, passa a "compreender" o seu próprio pai de uma nova maneira. Sociologicamente, o que a crônica revela sobre a dinâmica das relações familiares e a evolução dos papéis e da percepção entre pais e filhos na vida adulta, ao longo das gerações?

4. Memória, Passado e Compreensão do Presente: A crônica sugere que "a vida só se compreende mediante um retorno ao passado" e que a memória, ativada por lugares e objetos, ajuda a "decifrar o presente". Como a Sociologia estuda a importância da memória (pessoal e coletiva) na construção da identidade individual, na interpretação do mundo atual e na forma como nos relacionamos com o passado e o futuro?

5. Legado e Conexão Intergeracional: O texto toca na ideia do que permanece de quem amamos ("uma presença sem corpo, mas cheia de forma"). Sociologicamente, como podemos analisar a ideia de legado e as formas (materiais e imateriais, como memórias, valores, histórias) pelas quais as gerações se conectam e transmitem aspectos de sua experiência e identidade umas às outras?

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sábado, 27 de junho de 2015

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: A "LAN HOUSE" GRATUITA DA ESCOLA (Será que não se pode mais fazer aulas debaixo de uma árvore?)



Crônica

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: A "LAN HOUSE" GRATUITA DA ESCOLA (Será que não se pode mais fazer aulas debaixo de uma árvore?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           A escola que não ensina merece a indisciplina. Então, nem é mais possível ser professor, basta ser poeta! Também, pelas decisões tomadas na escola em desfavor do professor, deixam claramente o quanto vale um aluno! E assim, o professor vive pisando em ovos, por medo de puxarem seu o tapete, por isso, finge-se ensinar, dizendo só o que os clientes querem ouvir. Por que essa é atualmente uma profissão muito arriscada. Lidamos com o "de menor" muito sensível e jamais faltam os desregrados protetores. Então, pergunto de passagem: é possível haver ensino/aprendizagem quando o aluno ou professor se protegem um do outro? E o pai vai à escola bater no professor, reivindicar o direito do aluno fazer o que bem quiser na escola. 
           Dessa vez, levei-os ao laboratório de informática diferenciando a aula, com as novas tecnologias, eu já esperava, conhecendo eles muito bem, mas tentei novamente. Quando tomaram posse dos computadores, todos abriram seu Facebook e ignoraram o meu planejamento para eles, alegando sobre o áudio está incompreensível (na verdade o equipamento era ruim mesmo, tinha muito ruído). Comecei a gritar desesperadamente e, por um instante, alguns fingiam prestar-me atenção, ainda que em qualquer descuido meu, voltassem à página do lazer. Outros insistiam em tapar os ouvidos com o "foninho". Frustrado duas vezes, nem conseguia cuidar da disciplina e nem ministrava a aula. Depois, porque eles nem olhavam no vídeo exibindo na parede e nem às minhas orientações. O resultado foi óbvio, ninguém conseguiu terminar uma simples atividade, em uma aula, sendo só produzir um pequeno texto abordando a comparação conceitual entre moral, amoral, ética e imoral.
            Quero ressaltar sobre a necessidade do laboratório de informática ter condições físicas de uso adequado e bloqueios disciplinares no equipamento tecnológico. Por outro lada, assim com muitos limites, essa controle tem os seus negativos também,  como se  ensina se é preciso limitar a internet afim de canalizar os conteúdos necessários! E se liberar geral, vira só a "Lan house" gratuita da escola. Quando o lanche é servido lá, vira o "cyber café". E Jean Piaget falou: "A principal meta da educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram". A segunda meta da educação muito importante também, digo eu, é formar mentes criticas, verificadoras, analisadoras de tudo. Pois é! Se tem de ser assim, então o que estou querendo deles, tentando domesticá-los à decência e ordem no laboratório de informática? Mesmo pedindo que sejam criativos, tem de partir deles a vontade! Assim fico sozinho assistindo ao vídeo proposto na aula. O conteúdo do vídeo era o Jô Soares entrevistando o Prof. Dr. Mário Sergio Cortella, sobre ética e moral. Enquanto eles, usando o fone auricular, atendendo seu bate-papo patrocinado forçosamente por minha aula, porque briguei com eles e não adiantava.
                       Na minha opinião, precisamos de uma escola simples, do tipo daquelas de antigamente; sendo só o essencial, bastando o desejo de ensina nos professores e o desejo de aprender do aluno! Ou antigamente não se formavam homens ideais? Quem quiser pague o seu lazer. Será se não se pode mais fazer boas aulas debaixo de uma árvore?
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 18/06/2015
Reeditado em 27/06/2015
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sábado, 13 de junho de 2015

OS SONHOS DA ESCOLA! ("A esperança é o sonho do homem acordado". — Aristóteles)


Crônica

OS SONHOS DA ESCOLA! ("A esperança é o sonho do homem acordado". — Aristóteles) 

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           NO VELHO NORMAL, ERA ASSIM: Dos filhos dos outros, dizíamos: "Nem todos nasceram para estudar". Mas, quando são os nossos: "Por que largaram os estudos?" Os pais acreditavam na escola como uma instituição necessária na formação dos jovens. Talvez, maltratam ainda os professores para domá-los ao passado. Porém nada é igual a antes!
           Está claro que a família influenciava na indisciplina escolar, especialmente por não primar pelos valores éticos, morais e sociais. Como dissera, Francielly Gomes dos Santos Carmo: "A família é o sustentáculo da vida, com ela aprendemos o que é ser ético, respeitar a diferença de cada ser, os limites que nós temos, enfim é o início para convivermos em sociedade. Ela que nos enche de carinho e amor é o nosso bálsamo de segurança e conforto para enfrentar qualquer problema que venha adiante." Então a verdade é que uma família esfacelada não tem moral para cobrar da escola milagres na educação dos seus filhos. E nem podendo contribuir com os professores!
           Estou esperando viver o suficiente para ver a evolução na relação família e escola com o novo modelo de família que a sociedade já adotou, o casamento gay, por que com o pior, já estávamos acostumados, a de pais divorciados. 
           Pensando melhor, não acredito que tudo vai ficar bem no Novo Normal. Dissera com propriedade o Tiririca. "Pior do que está não vai ficar". Ainda que eu concordasse com sua expressão, hoje entendo que há sempre uma nova possibilidade de piorar. É de quem mais se respeita sua diversidade, que mais se espera bons fluidos! Porém são esses exatamente os que mais desrespeitam as normas tradicionais da escola, na tentativa de conquistar mais atenção gratuita e pregar sua ideologia! E assim, gera a indisciplina e a desordem no ambiente escolar. Não existe mais lugar para uma sala de aula com 40 pessoas, todas fazendo o que bem entender em nome da seu direito de liberdade? A escola que ensina a liberdade também sofre por não ter liberdade. E o sonho ainda vai esperar! Ou já acabou e eu nem acordei?
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/06/2015
Reeditado em 13/06/2015
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segunda-feira, 8 de junho de 2015

É POSSÍVEL PREVER A MORTE!!

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sábado, 6 de junho de 2015

BRINCANDO COM O DIABO ("Todos os monstros que viviam me amedrontando, não estavam embaixo da minha cama; eles estavam dentro de mim" — Rita Padoin)


Crônica

BRINCANDO COM O DIABO ("Todos os monstros que viviam me amedrontando, não estavam embaixo da minha cama; eles estavam dentro de mim" — Rita Padoin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era mais uma tarde na sala de aula, o calor abafado conspirava contra qualquer tentativa de concentração. Enquanto eu tentava explicar as nuances da literatura barroca, percebia os olhares perdidos e os suspiros de tédio. Foi então que tive uma ideia – daquelas que você sabe que pode dar terrivelmente errado, mas não consegue resistir.

"Pessoal," anunciei, interrompendo minha própria explicação, "que tal uma pequena pausa? Vocês já ouviram falar do jogo 'Charlie Charlie'?" O burburinho começou instantaneamente. Os alunos evangélicos, sempre os mais atentos, trocaram olhares preocupados. Mas antes que pudessem protestar, Marcelo, o garoto que sempre buscava atenção, já estava em ação.

Com uma rapidez surpreendente, ele rabiscou uma cruz em uma folha, escreveu "Sim" e "Não" nos cantos, e posicionou dois lápis em formato de cruz sobre o papel. "Charlie, Charlie, você está aqui?" A voz de Marcelo ecoou pela sala, rouca e teatral. O silêncio que se seguiu foi quase palpável. Vinte pares de olhos fixaram-se nos lápis imóveis.

Naquele instante, nem eu, o professor, consegui impedir o que estava por vir. Talvez por curiosidade, talvez por me sentir um espectador naquele circo bizarro, deixei a cena se desenrolar. Foi então que decidi intervir. Com um sopro discreto, fiz o lápis de cima girar para o "Sim".

O efeito foi instantâneo e caótico. Gritos abafados ecoaram, cadeiras foram empurradas, e em segundos a sala estava quase vazia. A histeria se instalou, alguns saíram correndo porta afora, outros me olhavam como se eu fosse o guardião de algum segredo macabro.

Fiquei ali, sozinho, rindo da situação absurda. Eu, um professor de literatura, acabara de interpretar o papel do próprio diabo! A ironia não me escapou – em vez de discutir Gregório de Matos, estava ali, brincando de entidade sobrenatural.

No fundo, eu ria por também dentro. Aquelas crianças, sempre ávidas por algo que quebrasse a monotonia, haviam se deixado levar por uma farsa simples, mas eficaz. Não pude deixar de pensar: se o Diabo tivesse o trabalho de atender a todas as escolas que invocavam o tal "Charlie", estaria esgotado. Com tanta indisciplina, violência e desrespeito por aí, o Inferno já estaria lotado.

Enquanto arrumava a sala, refleti sobre o ocorrido. Não senti remorso por ter assustado os alunos, mas sim uma certa tristeza. Tristeza por ver como o medo ainda é uma força tão poderosa, capaz de unir pessoas mais do que o amor ou a compaixão.

O que mais me intrigou naquela experiência não foi o movimento do lápis, mas perceber como o medo uniu aqueles jovens, mesmo que por um breve momento. Eles, que tantas vezes desafiavam qualquer autoridade, agora se sentiam vulneráveis, pequenos diante de algo que acreditavam ser maior. E me dei conta de que o medo, esse sentimento tão primal, era também o que movia muitos deles em direção à igreja, à fé. Não por amor, mas por receio.

Pensei em como as igrejas, as escolas e até mesmo a mídia muitas vezes se aproveitam desse medo do desconhecido, do "mal", para controlar e influenciar. Quantos "diabos" não são criados diariamente para justificar ações, para agrupar pessoas contra um inimigo comum?

E quem é, afinal, o verdadeiro Satanás? Talvez, ele não seja aquele de chifres e cauda, cuspindo fogo, como tantos imaginam. Talvez, o verdadeiro inferno seja o que criamos aqui, entre nós, quando permitimos que o medo governe nossas ações, quando esquecemos de olhar uns para os outros com empatia e compaixão.

Guardei os lápis na gaveta, determinado a usar essa experiência em minha próxima aula. Talvez, pensei, o verdadeiro "Charlie Charlie" não seja um jogo bobo, mas o desafio diário de questionar nossas crenças, enfrentar nossos medos e buscar entendimento além do superficial.

Saí da sala com um sorriso nos lábios, refletindo que, no final das contas, a aula daquele dia não foi sobre o Diabo, mas sobre nós mesmos, sobre o que escolhemos acreditar e o que nos move a agir. E se, em vez de fugirmos de nossos medos, os enfrentássemos com curiosidade e pensamento crítico?

Amanhã seria outro dia, e eu mal podia esperar para ver os rostos dos meus alunos quando eu lhes contasse que, por alguns minutos, seu professor de literatura tinha sido o próprio diabo – e que não era tão assustador assim.


Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e detalhadas para as seguintes questões:


O texto relata uma experiência inusitada em sala de aula. Qual a principal reflexão que o professor faz sobre o comportamento dos alunos e sobre o papel do medo na sociedade?


O professor utiliza a figura do "Charlie Charlie" para explorar quais temas relacionados à religião, à fé e à sociedade?


Como o professor relaciona a experiência com o jogo "Charlie Charlie" com a forma como as instituições, como igrejas e escolas, utilizam o medo para controlar e influenciar as pessoas?


Qual a crítica implícita do professor à visão tradicional do diabo e do inferno?


Qual a lição que o professor pretende transmitir aos alunos com essa experiência?

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sábado, 2 de maio de 2015

SACO DE PANCADA ("A felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades." - Johann Goethe )



Crônica da vida escolar

SACO DE PANCADA ("A felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades." - Johann Goethe )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Depois de ler a obra de Reinaldo di Lucia — (Sócrates e Platão: precursores do espiritismo?) — "Segundo Kardec, de tempos em tempos, Deus manda um enviado com a missão de reunir estes conhecimentos esparsos em um corpo de doutrina consistente. E assim Kardec afirma sobre Sócrates e Platão possuírem as mesmas ideias cristãs, ainda que de uma forma menos estruturada." Baseando-me nessa ideia, disse aos meus alunos, em um momento de reflexão, sobre Jesus reproduzir os pensamentos de Sócrates. E uma menina, daquelas indisciplinadas, ainda no oitavo ano do vespertino, acusa-me de mentiroso e não saber de nada. Incomodou-me muito sua contestação desrespeitosa. E doeu mais, porque eu já vinha "baleado" do turno matutino daquele mesmo dia, pois outro aluno dissera jamais confiar em mim, do segundo "C". Um fato leva a outro, lembrei-me da semana passada, uma aluna, do segundo "D", mostrou-se ofensivamente, dizendo não confiar em mim pela a seguinte atitude: Quando a classe foi convidada para lanchar e todos saíram, então ela disse, em voz alta, que nem pretendia pegar o lanche, mas ia sair, pois de forma alguma podia ficar sozinha comigo na sala por 3 minutos apenas. Não sei exatamente sua intenção, porém ela me fez sentir, naquele momento, um estuprador.
           Enquanto aqui na internet, eu me sinto o "bam-bam-bam", inteligente e tudo o mais, na sala de aula sempre têm aqueles que me fazem sentir um lixo, dirigindo-me estes "deslogios": desinformado, estuprador, perigoso, esquisito e velho caduco. Talvez lhes dei motivo para tais julgamentos, leram minha crônicas, fieis a minha realidade profissional: "bola de maldade". Então faço minhas a palavras de Alessandra Espínola:  "Eu gostaria de saber passar por esse circo dando gargalhadas o tempo todo, mas às vezes, meu palhaço é triste."
           E estou certo, pisar em falso nunca, pois no trabalho, muitos estão me filmando literalmente, e até uma das mães de plantão disse à sua filha (minha aluna do nono ano): "fica longe daquele velho doido". Agora me pergunto como ensinarei essa jovem resistente ao seu professor?  Todo meu esforço de aproximação a eles tem objetivos didáticos,  os técnicos da educação disseram-me sobre se identificar com os jovens facilitando a relação e o ensino-aprendizado, estou nessa. Mas, eles e elas falam qualquer coisa, de tanto escutarem o indesejado, essa é minha culpa imposta, pois ensino às ordens do sistema! De jeito nenhum, quero imaginar se os meus colegas professores passam por isso também. Todavia, pelo o silêncio deles, sou forçado a acreditar no pior... Ou o quanto se envergonham de mim,  quando revelo o que querem esconder. E ainda me tacham de faltoso do companheirismo por sonegar à "vaquinha". Porém, devem sofrer menos! E ainda bem, estão ensinando mais! Resta-me tentar compensar a mancha que desenhei no jaleco branco a categoria, por isso  sempre me uno ao grupo nas ocasiões da greve, apesar de ser contra qualquer movimento forçador do reconhecimento de competências, porque grevistas se mostram geralmente a quem não precisa vê-los, e/ou prejudicando as pessoas erradas, e/ou ainda, especificamente greve de professor está desacreditada por resultar sempre em nada. E todos provam minha boa intenção, quando paro de trabalhar a mando do sindicato; além do mais, pago minha taxa sindical e ele me representa! Digo tudo isso para ser fiel aos relatos de minha vida escolar. "Os poetas são impúdicos para com as suas vivências: exploram-nas" (Friedrich Nietzsche). Peço-lhes desculpas se exagerei, eu compreendo seu olhar torcido, pois de forma alguma confiamos naqueles esquisitos, pois, nos metem medo. Apenas aconselho, jamais se esqueçam: "as aparências enganam"; não é prudente julgar o livro pela capa; eu sou um pouquinho pior!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/04/2015
Reeditado em 02/05/2015
Código do texto: T5225095
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