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MINHAS PÉROLAS
sexta-feira, 21 de abril de 2023
O CIFRÃO É O SINAL DA BESTA (“Quem vê cara não vê cifrão". — Vivian Cristina Schlinz Rubio Baratto)
quinta-feira, 20 de abril de 2023
SEGREDOS CONVERTIDOS EM MISTÉRIOS ("Quem confiou os seus segredos a outra pessoa, fez-se escravo dela." — Baltasar Gracián y Morales)
SEGREDOS CONVERTIDOS EM MISTÉRIOS ("Quem confiou os seus segredos a outra pessoa, fez-se escravo dela." — Baltasar Gracián y Morales)
Desde o momento em que confessei que registro em palavras tudo o que me ocorre, notei que a pessoa com quem costumava conversar se tornou mais reservada e evitou compartilhar seus segredos, talvez por saber que sou alguém que não guarda segredos. Acredito que minha sinceridade tenha gerado uma mudança na dinâmica de nossa conversa, tornando-a mais cautelosa e contida. Porém, reitero que minha postura em relação à confidencialidade permanece inalterada, pois valorizo a confiança e a privacidade das pessoas com quem me relaciono. Só revelo o que posso dizer em uma crônica.
Então, porque ela estava me contando aquilo que a ninguém deve ser revelado; o que é secreto demais, sigiloso para quem tem amigos? A Escrita por si só já revela segredos ocultos, porque proporciona compreensão consciente dos acontecimentos, permitindo nova perspectiva sobre a verdade subjacente. Palavras escritas exploram segredos profundos e revelam o que está além do óbvio. Por isso, escrevo constantemente para aumentar as perguntas sem respostas, e assim aumentam os verdadeiros segredos. Não os desvendo, mas só os escondo entre mistérios.
Logo, sobre os verdadeiros segredos que viraram mistérios, minhas perguntas aumentaram, e as respostas sumiram. Pensei que perguntas simples eram coisas só de criança, por não presumir os segredos da vida; mas não. Descobri que há muitos segredos, sim, para os adultos sentados no colo do Papai Noel.
Descobri também que qualquer coisa que soa como sendo boa demais para ser verdade, não é verdade! São apenas segredos pedindo para ser mistérios. CiFA
quarta-feira, 19 de abril de 2023
VIAJAR PARA QUÊ? ("O homem não precisa de viajar para engrandecer; ele traz em si a imensidade." — François Chateaubriand)
VIAJAR PARA QUÊ? ("O homem não precisa de viajar para engrandecer; ele traz em si a imensidade." — François Chateaubriand)
As pessoas que me julgam incapaz de ser feliz, que não sei viver; comparam-se comigo, medem nossas ações, pois querem se sentir bem às minhas custas, sem outro motivo nobre para viverem: viajam muito ou, pelo menos, dizem que viajam. Assim, anestesiam a dor do excesso de ócio. Viajam para ver coisas novas, eu me contento com os documentários dos lugares turísticos.
Os ricos viajam a negócios e postam suas imagens na internet. O pobre gasta as suas economias na viagem, o rico ganha em dobro nas suas viagens. Vejo pessoas mais pobres do que eu, sugerindo-me a viajar, pois é seu método de ser feliz; o meu, não! Que felicidade é essa que me deixa mais pobre ainda?
Detesto viajar, sou um pobre valorizador do que possuo. Os que se fazem superiores, dizem que viajam muito. "Para viajar basta existir" — desse Fernando Pessoa. Então, contento-me vendo os vídeos dos que viajam a trabalho. Pelo menos, não me empobrecerei mais ainda.
terça-feira, 18 de abril de 2023
VELHO TARADO E SAFADO ("Prostituição não é vender o corpo. É vender a dignidade." — Adriana Cristina Razia)
VELHO TARADO E SAFADO ("Prostituição não é vender o corpo. É vender a dignidade." — Adriana Cristina Razia)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
Há dias em que me pergunto por que continuo nessa profissão. O sinal toca, e lá vou eu, arrastando meus pés cansados pelos corredores da escola, carregando não apenas meus livros, mas também o peso de anos de experiência e desilusões.
Entro na sala de aula e sou recebido por olhares entediados e alguns xingamentos murmurados. Finjo não ouvir. Afinal, o que esperar de adolescentes que estão ali por obrigação, não por vontade própria? Finjo precisar ir ao "banheiro", olho para o espelho quebrado no miquitório masculino e vejo o reflexo de um homem envelhecido, com rugas que contam histórias de noites mal dormidas corrigindo provas e preparando aulas.
"Professor, o senhor tá fedendo!" grita um aluno que passou por mim. Alguns riem, outros fingem não ouvir. Respiro fundo e retorno à sala. Meu "feromônio podre", como costumo chamar, parece incomodar até os cachorros de rua. Mas hoje, ele é minha proteção, ele se protegem de mim, então não preciso me proteger dele. Num mundo onde professores jovens e bonitos são alvo fácil de acusações infundadas, minha aparência e idade se tornaram meu escudo. Apesar de que, não falta quem acusaria um velho feio e sem atrativos de assédio ou pedofilia!
Já ouvi alunos me xingarem até de "velho tarado e safado". Não me dei ao trabalho de me preocupar com a acusação indireta. Esses desrespeitadores são tão ignorantes que nem são capazes de perceber a contradição de sentido entre essas duas características: velho e tarado, sendo que existindo uma não existe mais a outra.
Finalmente começo a aula, tentando ignorar os comentários maldosos. Falo sobre história, literatura, sobre a vida. Poucos prestam atenção. A maioria está mergulhada em seus celulares, absortos em um mundo virtual que parece muito mais interessante que o real. Eles não confiam em nossos ensinamentos, sabem que não fazem por merecer e continuam com seus maus comportamentos, pois têm certeza de que não serão punidos.
Às vezes, em momentos de fraqueza, me pego pensando, se não seria melhor desistir. Cheguei a dizer que preferia ir para o inferno em vez do céu cheio de crentes fanáticos de mente suja. Como é possível ser um bom professor para o sistema educacional público sem comprometer a minha dignidade?
Mas então, no meio da aula, acontece. Um olhar curioso, uma pergunta inteligente, um sorriso de compreensão. E lembro por que estou aqui. Por aquele único aluno que se interessa, que aprende, que cresce.
O sinal toca novamente. Fim da aula. Saio da sala, carregando comigo não apenas meus livros, mas também a esperança de que, talvez, tenha feito alguma diferença hoje. No caminho para casa, um cachorro late para mim. Sorrio. Meu "feromônio podre" continua funcionando. E enquanto ele existir, continuarei sendo o professor que sou. Imperfeito, cansado, mas ainda acreditando que a educação pode mudar o mundo. Mesmo que seja um aluno de cada vez.
1. O texto apresenta uma visão complexa e desafiadora da profissão docente, expondo as dificuldades e frustrações do dia a dia, mas também revelando momentos de esperança e realização. Através da narrativa do professor, quais são os principais desafios enfrentados pelos profissionais da educação no contexto atual?
2. Em meio às dificuldades e desilusões, o autor encontra motivação para continuar atuando como professor ao presenciar momentos de aprendizado e crescimento em seus alunos. Descreva esses momentos e explique como eles reavivam a esperança do professor e o impulsionam a seguir em frente.
segunda-feira, 17 de abril de 2023
DEUS NÃO PODE SER LUZ, porque também é trevas. Is. 45:7
DEUS NÃO PODE SER LUZ, porque também é trevas. Is. 45:7
Albert Einstein previu que a religião do futuro seria cósmica e transcendente, evitando dogmas e teologias e isso está sendo cumprido com a desumanização de Deus e o uso da Nanociência. A descoberta da antimatéria e energia negra fez com que Deus fosse revestido de outras substâncias, permitindo adicionar pontos e vírgulas na palavra de Deus: "A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia".
Então, o Albert Einstein é mais profeta do que os igrejeiros, A desumanização de Deus ocorre quando se afasta a concepção antropomórfica do divino, que o representa como tendo atributos humanos, como emoções e comportamentos. Esse fenômeno pode estar ligado ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, que permitem uma compreensão mais ampla e complexa do universo, mas também podem levar a uma sensação de vazio e falta de sentido na vida.
Perante o CONHECIMENTO DA antimatéria e a energia negra, revestiu-se Deus de outras substâncias. Por isso, já não há mais quem diga que não se pode acrescentar pontos e vírgulas na palavra de Deus! Deus mudou com o conhecimento da ciência. E "Louvado seja o Deus das cordas de luz nos minúsculos QUARK". CiFA
domingo, 16 de abril de 2023
DOENTE DE VELHICE ("A velhice é o pior dos males, pois ela priva o homem de todos os prazeres deixando-lhe o apetite." — Giacomo Leopardi)
DOENTE DE VELHICE ("A velhice é o pior dos males, pois ela priva o homem de todos os prazeres deixando-lhe o apetite." — Giacomo Leopardi)
A velhice é uma doença que lentamente consome o corpo e a mente. Ela é agravada pelo uso excessivo de coisas permitidas e pode transformar uma pessoa perfeita em deficiente. Para se conseguir um pouco de saúde, luta-se como numa guerra. A doença é uma parte da vida e ninguém morre de saúde.
A doença mais degradante do planeta está presente em seu corpo e mente. Ela consome gradualmente sua carne em uma festa contínua e nada alegre. Em algumas ocasiões, é considerada desejável para os obedientes, mas ameaçadora para os demais. O uso excessivo das coisas permitidas a agrava e pode transformar um homem perfeito em deficiente rapidamente.
Se alguém de 50 anos me disser que está completamente saudável, eu imediatamente direi a ele que é um mentiroso e um candidato ao inferno. Para conquistar um pouco de saúde, é preciso lutar como numa batalha.
Enfim, Deus cria, permite a doença e mata todo mundo. Ele não pode curar, e não há remédio que sirva para a última doença. A vida é dura e gratuita! A velhice é o resultado da doença. Ops: a gente morre de doença ou de velhice? "Quem teme o SENHOR tem vida longa (cheio de doença), porém os maus morrem antes do tempo (doenças agravadas)." (Pv 10:17).
Ninguém morre de saúde, e a fraqueza não é apenas da carne, mas também dos ossos na velhice.
A GERAÇÃO PIA ("Cada nova geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores." — Carlos Drummond de Andrade). ("Os homens são como as ondas, quando uma geração floresce, a outra declina." — Homero)
A GERAÇÃO PIA ("Cada nova geração de computadores desmoraliza as antecedentes e seus criadores." — Carlos Drummond de Andrade). ("Os homens são como as ondas, quando uma geração floresce, a outra declina." — Homero)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
O sino toca, anunciando o início de mais um dia no reino do absurdo chamado PIA - Período de Intensificação da Aprendizagem. Suspiro profundamente, ajustando meus óculos cansados, enquanto observo o corredor se encher de alunos confusos e agitados. Quem foi o gênio que inventou essa desgraça? Penso comigo mesmo, sentindo o peso de mais um ano letivo desmoronando sobre meus ombros. No velho normal, antes dessa invenção pedagógica das trevas, as coisas já eram complicadas. Agora, com o PIA, mergulhamos de cabeça em um mar de contradições. A ideia era simples: dar uma chance extra para os alunos melhorarem suas notas. Na prática? Um pandemônio que faz meu estômago revirar e minha indignação ferver.
Vejo Maria, aluna exemplar, média 9,0, sentada na primeira fila. Ela está aqui todos os dias, pontualmente, mesmo sem precisar recuperar nota alguma. Ao seu lado, João, o "zé lambança" da turma, aparece esporadicamente, recupera a nota como mágica e sai com um 10,0 no histórico. É uma injustiça gritante que faz meu senso de justiça (ou seria minha espiritualidade?) se contorcer em agonia.
Os dias passam, e o absurdo só aumenta. Alunos tecnicamente reprovados em seis disciplinas são empurrados para o PIA, como se pudessem absorver em poucos dias o que não aprenderam o ano inteiro. É um milagre kafkiano que nem o mais otimista dos educadores poderia acreditar.
Estou completamente transtornado: agastado, abespinhado, agoniado, amofinado, encolerizado, enfadado, enraivecido, espinhado, estomagado, indisposto, iracundo, irritado... A lista de adjetivos cresce na minha mente, assim como a pilha de provas para corrigir na minha mesa.
O grande dia da divulgação dos resultados chega, transformando o corredor da escola em uma bolsa de valores em dia de crash. Alunos correm freneticamente, professores dão resultados conflitantes, coordenadores tentam apagar incêndios emocionais. Os boletins, coitados, parecem ter vida própria, mostrando notas que ninguém reconhece.
No meio da confusão, ouço a ameaça de uma lista de chamada. É o cúmulo do absurdo! Manter os alunos presos aqui, como se fossem reféns do conhecimento que não absorveram. E ainda há aqueles que, alheios ao caos, não dispensam o lanche por nada neste mundo.
Encosto-me na parede, exausto. Meu ano letivo sempre termina assim: um misto de frustração e alívio. Observo os rostos ao meu redor - alguns felizes, outros decepcionados, muitos simplesmente confusos. Penso em Maria e João, nos extremos do espectro acadêmico, e em como esse sistema os trata de forma tão injusta.
Enquanto o último aluno deixa o corredor, reflito sobre o que nos trouxe até aqui. Um sistema que premia a mediocridade e desencoraja a excelência. Uma "pedagogia das trevas" que nasceu em um governo reeleito e parece ter vindo para ficar.
Mas, no fundo do meu coração cansado, ainda acredito na educação. Acredito nos Marias e nos Joões, cada um com seu potencial único. Talvez seja hora de repensarmos não apenas o PIA, mas todo nosso sistema educacional. Porque, no final das contas, não são apenas notas que estamos formando, mas o futuro de nossa sociedade.
E assim, com um último suspiro, fecho a porta da sala de aula. Outro ano se foi, levando consigo mais uma oportunidade de fazer a diferença. Amanhã será um novo dia, um novo ano letivo. E quem sabe, com um pouco de sorte e muita persistência, possamos finalmente cantar uma nova canção na educação - uma que valorize o esforço, a dedicação e o verdadeiro aprendizado, deixando para trás esse crepúsculo do bom senso que o PIA deveria representa.
Questões Discursivas:
1. O texto apresenta uma crítica contundente ao Período de Intensificação da Aprendizagem (PIA), expondo suas contradições, ineficiências e injustiças. Através da narrativa do professor e da descrição de situações absurdas, o autor questiona a lógica por trás do PIA e seus impactos negativos na educação. De que forma o autor constrói uma crítica ao PIA que vai além da mera opinião pessoal e se baseia em fatos e exemplos concretos?
2. O autor utiliza diversas figuras de linguagem para expressar sua indignação com o PIA, como metáforas, ironias e hipérboles. Como esses recursos linguísticos contribuem para a construção de um texto engajador e persuasivo, capaz de convencer o leitor sobre a necessidade de repensar o PIA?
Por Claudeci Ferreira de Andrade
No velho normal, antes dessa invenção pedagógica das trevas, as coisas já eram complicadas. Agora, com o PIA, mergulhamos de cabeça em um mar de contradições. A ideia era simples: dar uma chance extra para os alunos melhorarem suas notas. Na prática? Um pandemônio que faz meu estômago revirar e minha indignação ferver.
Vejo Maria, aluna exemplar, média 9,0, sentada na primeira fila. Ela está aqui todos os dias, pontualmente, mesmo sem precisar recuperar nota alguma. Ao seu lado, João, o "zé lambança" da turma, aparece esporadicamente, recupera a nota como mágica e sai com um 10,0 no histórico. É uma injustiça gritante que faz meu senso de justiça (ou seria minha espiritualidade?) se contorcer em agonia.
Os dias passam, e o absurdo só aumenta. Alunos tecnicamente reprovados em seis disciplinas são empurrados para o PIA, como se pudessem absorver em poucos dias o que não aprenderam o ano inteiro. É um milagre kafkiano que nem o mais otimista dos educadores poderia acreditar.
Estou completamente transtornado: agastado, abespinhado, agoniado, amofinado, encolerizado, enfadado, enraivecido, espinhado, estomagado, indisposto, iracundo, irritado... A lista de adjetivos cresce na minha mente, assim como a pilha de provas para corrigir na minha mesa.
O grande dia da divulgação dos resultados chega, transformando o corredor da escola em uma bolsa de valores em dia de crash. Alunos correm freneticamente, professores dão resultados conflitantes, coordenadores tentam apagar incêndios emocionais. Os boletins, coitados, parecem ter vida própria, mostrando notas que ninguém reconhece.
No meio da confusão, ouço a ameaça de uma lista de chamada. É o cúmulo do absurdo! Manter os alunos presos aqui, como se fossem reféns do conhecimento que não absorveram. E ainda há aqueles que, alheios ao caos, não dispensam o lanche por nada neste mundo.
Encosto-me na parede, exausto. Meu ano letivo sempre termina assim: um misto de frustração e alívio. Observo os rostos ao meu redor - alguns felizes, outros decepcionados, muitos simplesmente confusos. Penso em Maria e João, nos extremos do espectro acadêmico, e em como esse sistema os trata de forma tão injusta.
Enquanto o último aluno deixa o corredor, reflito sobre o que nos trouxe até aqui. Um sistema que premia a mediocridade e desencoraja a excelência. Uma "pedagogia das trevas" que nasceu em um governo reeleito e parece ter vindo para ficar.
Mas, no fundo do meu coração cansado, ainda acredito na educação. Acredito nos Marias e nos Joões, cada um com seu potencial único. Talvez seja hora de repensarmos não apenas o PIA, mas todo nosso sistema educacional. Porque, no final das contas, não são apenas notas que estamos formando, mas o futuro de nossa sociedade.
E assim, com um último suspiro, fecho a porta da sala de aula. Outro ano se foi, levando consigo mais uma oportunidade de fazer a diferença. Amanhã será um novo dia, um novo ano letivo. E quem sabe, com um pouco de sorte e muita persistência, possamos finalmente cantar uma nova canção na educação - uma que valorize o esforço, a dedicação e o verdadeiro aprendizado, deixando para trás esse crepúsculo do bom senso que o PIA deveria representa.
Questões Discursivas:
1. O texto apresenta uma crítica contundente ao Período de Intensificação da Aprendizagem (PIA), expondo suas contradições, ineficiências e injustiças. Através da narrativa do professor e da descrição de situações absurdas, o autor questiona a lógica por trás do PIA e seus impactos negativos na educação. De que forma o autor constrói uma crítica ao PIA que vai além da mera opinião pessoal e se baseia em fatos e exemplos concretos?
2. O autor utiliza diversas figuras de linguagem para expressar sua indignação com o PIA, como metáforas, ironias e hipérboles. Como esses recursos linguísticos contribuem para a construção de um texto engajador e persuasivo, capaz de convencer o leitor sobre a necessidade de repensar o PIA?
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sábado, 15 de abril de 2023
A QUEM TEM PAPEL BANALIZADO ("Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos." — Denis Diderot)
A QUEM TEM PAPEL BANALIZADO ("Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos." — Denis Diderot)
Esta crônica é para questionar meu papel na escola e a falta de compreensão dos alunos sobre o papel deles. Por isso, submeto-me aos maus tratos e tento me tornar um bom personagem para a comunidade interna. A banalização de meu papel me destrói aos poucos e agora só me resta uma coisa, tomar analgésicos pedagógicos como paliativo. Questiono também por que os alunos têm uma média excelente em português e matemática; mas, a escola tem uma média 3,1 na prova do Ideb. E por que todos os mecanismos didáticos e avaliativos promovem o aluno sem mérito na engrenagem oficial sem respeito ao que é justo.
Um aluno do oitavo ano já deveria saber perfeitamente o seu papel na escola? Mas, não sabe! Como posso lhe exigir que saiba qual é o papel do professor? Por isso, submeto-me a seus maus tratos, mostrando compreensão e tentando viver um bom personagem para a comunidade interna. Todavia, não adianta muito, reina a violência, agressividade, ataque, atentado, bestialidade, brutalidade, crueldade, dureza, ferocidade, atrocidade, barbaridade, desumanidade, inumanidade, hostilidade, selvageria.
A banalização de meu papel, por toda comunidade, destrói minha imposição. Agora só me resta tomar (anal)gésico pedagógicos como paliativo. Já fui treinado para compreender outras coisas mais graves, porém, não compreendo o porquê dos alunos terem média excelente em português e matemática, em seu boletim, mas como é que a escola tem média 3,1 na prova do Ideb? Será que os alunos não estão levando a sério as provas do governo, a ponto de boicotarem-na, ou não são parceiros?
A verdade é que todos os mecanismos didáticos, e avaliativos, e presentes do sistema educacional público estão aliados no sentido da promoção do aluno, de qualquer jeito, justificando funções sem sentido na engrenagem oficial. E assim a quantidade mina o valor(qualidade). Cifa
sexta-feira, 14 de abril de 2023
O DIABO É CRENTE? ("Crente até o capeta é...!" — Daniel Saidonw)
O DIABO É CRENTE? ("Crente até o capeta é...!" — Daniel Saidonw)
Eu fui a uma igreja evangélica passar uma chuva e acabei ficando lá por tempo demais. Os deuses da igreja ofereceram-se para batizar-me e aceitei. O batismo é um ritual religioso em que uma pessoa é mergulhada na água ou recebe água na cabeça como um símbolo de purificação e compromisso com a fé. Mas, se estivesse um dia ensolarado, não teria decidido fazer o batismo, mas como estava chovendo, fiquei na igreja de telhado roto, pois chovia mais dentro do que fora.
Enquanto eu estava lá, uma fiel da comunidade chegou, driblando as goteiras, e se acomodou perto de mim para escapar da chuva. Eu perguntei se ela era crente e ela respondeu que até o diabo é crente. Eu senti saudades do tempo em que os cristãos consideravam o diabo apenas um inimigo, mas agora, com a ascensão dos evangélicos, até ele se tornou crente!
quinta-feira, 13 de abril de 2023
O QUE É SORTE? ("Tente a sua sorte! A vida é feita de oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem de arriscar." — Dale Carnegie)
O QUE É SORTE? ("Tente a sua sorte! A vida é feita de oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem de arriscar." — Dale Carnegie)
"O filho de um homem muito rico foi encarregado de gerenciar uma de suas empresas. Certa vez, ele pegou todo o lucro do mês e foi jogar cartas, perdendo tudo no jogo, sendo apontado por seus irmãos como irresponsável e inconsequente, merecendo, portanto, ser até deserdado. Mas, o pai, olhando para seu filho querido, não hesitou em dar-lhe de volta tudo quanto ele tinha perdido e mais um pouco de dinheiro, dizendo-lhe: vai, meu filho, e reconstrói o que tu destruistes. Intrigados, os demais filhos foram questionar ao pai sobre sua forma de agir. Então, aquele homem explicou que estava bastante chateado com o que tinha acontecido, sim. Mas, devia reconhecer que seu filho tinha pecado pela ousadia, apenas isto. Se ele tivesse ganhado dinheiro no jogo, a esta hora estaríamos todos comemorando, e provavelmente sendo beneficiados por isto. Aquele filho precisava apenas de um pouco mais de prudência, mas ele não poderia punir sua coragem e ousadia, pois assim como ele perdeu, ele poderia ter ganhado." (Augusto Branco).
Ao refletir sobre isso, sinto-me mais corajoso e ousado do que o filho rico, pois jogo todos os dias com meu salário e não tenho um pai para reabastecer-me. Portanto acredito que a sorte é apenas ter um pai. CiFA.