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quarta-feira, 14 de junho de 2023

FUGIR NÃO É COVARDIA É, SIM, SABEDORIA ("Ninguém pode fugir ao amor e à morte." — Públio Siro)

 


FUGIR NÃO É COVARDIA É, SIM, SABEDORIA ("Ninguém pode fugir ao amor e à morte." — Públio Siro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um dia como tantos outros no sistema educacional, uma rotina aparentemente tranquila, até que me deparei com desafios intensos. Alunas problemáticas, como um bando tempestuoso de rebeldes, ergueram suas vozes contra o meu método de ensino. Fui acusado injustamente de roubo de notas, como se o meu comprometimento fosse uma ameaça ao suposto sucesso deles. A falta de respeito dos alunos impregnou o ambiente e complicou ainda mais a missão de educá-los. Ninguém consegue ensinar alguma coisa para quem não confia em seu professor. Sentindo-me acuado, busquei freneticamente uma saída, uma redenção para escapar dessa perseguição: Orei, confiante nas palavras do salmista:  “Eu [Deus] o livrarei, porque a mim se apegou. Eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu responderei. Na angústia estarei com ele. Eu o livrarei e glorificarei” (Salmo 91:14-15). Onde estavam as ursas do profeta Eliseu, prontas para trazer justiça e alívio?

Enquanto tentava compreender essa batalha contra os moinhos de vento, a reflexão sobre uma pandemia psicossomática me invadiu. Uma catástrofe que poupou apenas aqueles que sabiam vibrar com amor ao próximo. Curiosamente, sinto uma atração sombria por essa força avassaladora, mesmo que isso signifique a minha própria destruição.
É intrigante, mas a falha dos nossos detratores em nos prejudicar pode despertar uma sensação de triunfo. Suas acusações vazias revelam a fragilidade daqueles que não conseguem resolver suas próprias batalhas internas e externas. E assim, eu acredito que buscar justiça pessoal não é uma atitude injusta para quem sofreu a injustiça inicial. Somente aquele que vivencia o dano em sua plenitude compreende a necessidade de equilibrar as forças.
Escrevo esta crônica como uma arma para buscar a justiça que me foi negada, usando palavras como flechas para atingir o cerne do problema. Afinal, numa jornada de adversidades, não podemos permitir que as circunstâncias e acusações infundadas nos definam. Somos seres além das injustiças que nos são impostas. Somos capazes de transcender e reescrever a nossa própria história. Receba!

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