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domingo, 11 de junho de 2023

QUAL O SENTIDO DA ESCOLA PÓS-PANDEMIA? ("Uma coisa já sabíamos, e a pandemia confirmou, as pessoas que mais falam geralmente são as que menos sabem." — Reviane Bernardo)

 


QUAL O SENTIDO DA ESCOLA PÓS-PANDEMIA? ("Uma coisa já sabíamos, e a pandemia confirmou, as pessoas que mais falam geralmente são as que menos sabem." — Reviane Bernardo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Na sala de aula, as dinâmicas de poder se invertem, onde os outrora humilhados encontram prazer em humilhar seus mestres. O respeito transformou-se em ironia, e a relação professor-aluno desmorona em desgaste.

Recordo-me dos tempos em que as palavras "sim senhor" ecoavam pelos corredores, quando o aprendizado era um caminho de admiração mútua. Agora, somos tratados como "queridões", e o elogio é distorcido em cantadas indesejadas. O medo de elogiar um aluno e ser mal-interpretado consome minhas palavras e sufoca a liberdade de expressão.

A incerteza paira sobre nós, professores, e sobre os jovens que anseiam por um futuro vazio e sem sentido. Como posso traçar um plano perfeito de aula, se a própria essência da educação parece desmoronar diante de nossos olhos? O desencanto toma conta de todos, e a escola se torna uma prisão de almas desesperançadas.

Mas, em meio a esse turbilhão de desafios, não posso deixar que a chama da esperança se apague. Ainda há alunos sedentos por conhecimento, ansiosos por uma mudança. Neles encontro forças para enfrentar os obstáculos, sabendo que cada batalha travada é uma semente plantada em busca de uma transformação.

Assim como eu, outros professores enfrentam as agruras dessa jornada, mas não nos deixamos ser vencidos, mesmo que a modernidade tente sufocar nossos questionamentos. É preciso lembrar que a educação transcende os muros das escolas. Que tipo de profissionais e cidadãos estamos devolvendo para a sociedade? Quem dera fôssemos os guardiões do saber, responsáveis por moldar mentes e corações. Porém, é o mundo que molda a escola.

A voz dos educadores já não ecoa mais com otimismo, e os jovens estão sem inspiração, incapazes de quebrar as correntes que os aprisionam. A educação já não é mais um farol de esperança, um refúgio para os sonhadores e uma ferramenta de libertação.

Que a busca pelo sentido da educação não se perca, pois é através dela que encontraremos a luz capaz de guiar nossos passos nesse caminho tortuoso. E assim, quem sabe, possamos reavivar o verdadeiro propósito da educação e resgatar a esperança que se perdeu.

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