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MINHAS PÉROLAS

domingo, 23 de outubro de 2022

A VIDA SUPLICA POR REFLEXÃO: A Permanência na Mudança e a Resistência da Fé (" QUEM VAI, LEVA O NORTE; QUEM FICA, SUPLICA. DOR... NÃO ME CONFORTE." — Oscar de Jesus Klemz)

 


A VIDA SUPLICA POR REFLEXÃO: A Permanência na Mudança e a Resistência da Fé (" QUEM VAI, LEVA O NORTE; QUEM FICA, SUPLICA. DOR... NÃO ME CONFORTE." — Oscar de Jesus Klemz)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Não se trata mais de quarentena, mas de um distanciamento social permanente — um verdadeiro buraco negro na vida de qualquer um. As mudanças, mesmo que motivadas por politicagem, tornaram-se inevitáveis, embora nem toda transformação seja intrinsecamente benéfica. Aprendi a aceitá-las com modéstia e estratégia, evitando provocar mais complicações em um cenário já conturbado. A vida prossegue, protegida por uma fé persistente, e quem esperou até agora pela morte sabe que alguns dias a mais são irrelevantes. O fundamental é não tropeçar perto da linha de chegada, como um atleta exausto que desfalece no último metro.

As medidas preventivas implementadas trouxeram um rigor que, muitas vezes, parece desproporcional aos resultados efetivos. É imperativo ter disciplina, mas também discernimento, para evitar que o medo nos converta em prisioneiros do próprio lar. O caos, por mais paradoxal que seja, possui sua própria lógica, e dele podem emergir novas formas de ordem e aprendizado. A prudência é necessária, mas não deve de forma alguma sufocar a vontade de viver.

O acúmulo de tarefas e a sensação de improdutividade pesam sobre a rotina, e a internet, embora útil, jamais substituirá a complexidade do mundo real. Contudo, recuso-me a ceder à aflição. Lembro-me das palavras de Vicente Jolvino: “Se as coisas não estão tão boas, talvez seja porque a vida suplica por um pouco mais de reflexão.” É nessa pausa forçada que encontro refúgio, buscando sentido no próprio desconforto.

Creio que as soluções virão, como sempre vieram, conduzidas por forças que se alternam entre o divino e o humano. Que os anjos inspirem e que até os demônios colaborem, se necessário, para que o mal se converta em bem. Afinal, é nas contradições do existir que se manifesta a verdadeira capacidade humana de resistência e reinvenção.


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Como professor de Sociologia do Ensino Médio, fiz neste texto uma análise profunda sobre os efeitos sociais da crise, a mudança e a redefinição de ordem em um contexto de incerteza. Abaixo estão 5 questões discursivas, simples e objetivas, que incentivam os alunos a aplicar conceitos sociológicos às ideias de seu texto:

1. A Mudança Social e o Papel da "Politicagem": O texto observa que as mudanças, mesmo quando inevitáveis, podem ser "motivadas por politicagem". Analise o conceito sociológico de mudança social e discuta como a intervenção política e os interesses de grupos de poder (a "politicagem") podem distorcer ou acelerar transformações sociais, em vez de refletir um consenso ou uma necessidade genuína da sociedade.

2. Disciplina, Medo e Controle Social: As "medidas preventivas" impuseram um "rigor" que pode levar ao confinamento e ao medo, transformando as pessoas em "prisioneiros do próprio lar". Relacione essa ideia com o conceito de Controle Social (formal e informal). Como o medo de uma ameaça invisível pode ser utilizado para gerar uma disciplina social que, em excesso, limita a liberdade e o discernimento individual?

3. O Paradoxo do Caos e a Nova Ordem: O autor afirma que o "caos (...) possui sua própria lógica" e que dele podem "emergir novas formas de ordem e aprendizado". Discuta o pensamento sociológico sobre a relação entre caos (ou anomia) e a reorganização social. Cite um exemplo histórico ou contemporâneo de como uma crise ou desordem (caos) forçou a sociedade a criar novas instituições, normas ou formas de convivência (nova ordem).

4. O Sentido de Comunidade e o "Distanciamento Social Permanente": O "distanciamento social permanente" é descrito como um "buraco negro". Em termos sociológicos, qual o impacto desse distanciamento prolongado na solidariedade social (mecanismos que unem os indivíduos)? Como a falta de interação física e o excesso de mediação digital afetam a formação do sentido de comunidade e de pertencimento?

5. A Internet e a Complexidade do Mundo Real (Interação Social): O texto menciona que a internet é útil, mas "jamais substituirá a complexidade do mundo real". Explique por que, do ponto de vista da Teoria da Interação Social (como a interacionismo simbólico), a comunicação face a face é considerada insubstituível. Quais elementos da interação (gestos, expressões não verbais, etc.) se perdem no ambiente digital e diminuem a "complexidade" do convívio?

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