NO FINAL, TUDO FICARÁ "REDONDINHO": A Verdade na Interseção dos Opostos ("Muitos anjos, sim, mas para manter o equilíbrio, também muitos demônios...Mantenha seu equilíbrio sobre o fio da navalha." — Caio Fernando Abreu)
Ambos os mendigos estavam certos, embora vissem o mundo por lentes opostas. Um enxergava na rua o abrigo que lhe restava, enquanto o outro via nela o perigo e a exclusão. O mesmo ocorre com os médicos, que divergem em seus diagnósticos sem que, por isso, um anule o outro. A verdade, muitas vezes, habita na interseção dos opostos, no ponto de harmonia onde as contradições se equilibram. Afinal, a vida humana é forjada por contrastes: o abrigo e o abandono, a saúde e a doença, o instinto e a razão.
Essa dualidade se reflete até mesmo no comportamento dos animais. O cão que, em um gesto instintivo e aparentemente repulsivo, cheira o semelhante e, em seguida, demonstra afeto ao dono, simboliza uma pureza instintiva que a racionalidade humana frequentemente perde. Essa naturalidade revela que o elo entre os seres não se funda na aparência, mas na essência — naquilo que é verdadeiro, ainda que desconfortável. Ao julgar a natureza, o homem esquece que nela reside sua própria origem, e que o equilíbrio entre o puro e o impuro é parte da ordem divina.
Da mesma forma, os vírus — invisíveis e poderosos — são lembretes da constante interdependência e movimento do mundo. Se outrora os coronavírus saltaram dos animais para os humanos, talvez um dia o inverso ocorra, expondo o quanto nossa arrogância espiritual e científica nos distancia da humildade. Nessa troca simbiótica, o hospedeiro ri do parasita sem perceber que, por vezes, ambos se confundem. Até mesmo os terraplanistas, ao rejeitarem o formato esférico da Terra, enfrentam uma ironia cósmica: o inimigo invisível que os ameaça é, ironicamente, um globo em miniatura.
A célebre frase de Einstein, que diz que “a vida é como andar de bicicleta — é preciso seguir em movimento para manter o equilíbrio”, resume tanto a dinâmica da existência quanto o princípio da renovação planetária. O movimento circular é o próprio ciclo da justiça divina: nada escapa ao retorno, e nada permanece estático. A direita necessita da esquerda, o bem se manifesta no contraste com o mal, e toda crise carrega em si o germe da restauração. Como afirmam as Escrituras, “é necessário que Jesus permaneça no céu até que chegue o tempo da restauração de todas as coisas”. O equilíbrio, afinal, é o nome sagrado desse movimento eterno.
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Como professor de Sociologia do Ensino Médio, vejo neste texto uma análise rica sobre perspectivismo, dualidade, interdependência e movimento social. Abaixo estão 5 questões discursivas, simples e objetivas, que incentivam os alunos a aplicar conceitos sociológicos e a Filosofia Social às ideias de meu texto:
1. O Perspectivismo e a Realidade Social
O texto inicia com o exemplo dos dois mendigos, que enxergam a mesma realidade ("a rua") de maneiras opostas ("abrigo" e "perigo/exclusão"), mas ambas válidas. Explique como o conceito de Perspectivismo (ou o relativismo cultural/social) é crucial para a Sociologia, e por que a verdade sobre um fenômeno social muitas vezes reside na "interseção dos opostos" e não em uma única visão absoluta.
2. Instinto, Razão e Desigualdade Social
O autor contrasta a "pureza instintiva" do animal com a "racionalidade humana" que frequentemente se perde. Analise o impacto da razão e da moralidade social na formação do juízo de valor. Por que o julgamento humano se baseia na aparência (condenação de gestos instintivos ou de grupos marginalizados) e distancia-se da "essência", dificultando o reconhecimento mútuo na sociedade?
3. Interdependência e Arrogância Científica
A menção à troca simbiótica entre vírus e hospedeiro e à "arrogância espiritual e científica" critica a visão humana de superioridade. Discuta o conceito de Interdependência na sociedade global. Por que a arrogância (seja ela científica ou espiritual) pode levar a sociedade a ignorar as consequências de longo prazo de suas ações, violando o princípio de que o homem é parte de um sistema maior?
4. O Movimento Social e a Crise como Restauração
A citação de Einstein e a menção ao "movimento eterno" sugerem que a crise (o desequilíbrio) é necessária para a renovação. Explique a ideia de que a crise social ou o conflito (como a oposição entre "direita" e "esquerda") é, segundo a Sociologia (por exemplo, em Simmel ou Marx), um motor de mudança social, e não apenas um fator de destruição.
5. Polarização e Equilíbrio de Forças
O texto finaliza afirmando que "A direita precisa da esquerda, o bem se revela no contraste com o mal". Analise essa ideia de dualidade e equilíbrio de forças no contexto da Polarização Social e Política contemporânea. De que forma o reconhecimento da necessidade do oposto pode ser um passo para a superação de antagonismos radicais e para a busca de um equilíbrio democrático?
Ambos os mendigos estavam certos, embora vissem o mundo por lentes opostas. Um enxergava na rua o abrigo que lhe restava, enquanto o outro via nela o perigo e a exclusão. O mesmo ocorre com os médicos, que divergem em seus diagnósticos sem que, por isso, um anule o outro. A verdade, muitas vezes, habita na interseção dos opostos, no ponto de harmonia onde as contradições se equilibram. Afinal, a vida humana é forjada por contrastes: o abrigo e o abandono, a saúde e a doença, o instinto e a razão.
Essa dualidade se reflete até mesmo no comportamento dos animais. O cão que, em um gesto instintivo e aparentemente repulsivo, cheira o semelhante e, em seguida, demonstra afeto ao dono, simboliza uma pureza instintiva que a racionalidade humana frequentemente perde. Essa naturalidade revela que o elo entre os seres não se funda na aparência, mas na essência — naquilo que é verdadeiro, ainda que desconfortável. Ao julgar a natureza, o homem esquece que nela reside sua própria origem, e que o equilíbrio entre o puro e o impuro é parte da ordem divina.
Da mesma forma, os vírus — invisíveis e poderosos — são lembretes da constante interdependência e movimento do mundo. Se outrora os coronavírus saltaram dos animais para os humanos, talvez um dia o inverso ocorra, expondo o quanto nossa arrogância espiritual e científica nos distancia da humildade. Nessa troca simbiótica, o hospedeiro ri do parasita sem perceber que, por vezes, ambos se confundem. Até mesmo os terraplanistas, ao rejeitarem o formato esférico da Terra, enfrentam uma ironia cósmica: o inimigo invisível que os ameaça é, ironicamente, um globo em miniatura.
A célebre frase de Einstein, que diz que “a vida é como andar de bicicleta — é preciso seguir em movimento para manter o equilíbrio”, resume tanto a dinâmica da existência quanto o princípio da renovação planetária. O movimento circular é o próprio ciclo da justiça divina: nada escapa ao retorno, e nada permanece estático. A direita necessita da esquerda, o bem se manifesta no contraste com o mal, e toda crise carrega em si o germe da restauração. Como afirmam as Escrituras, “é necessário que Jesus permaneça no céu até que chegue o tempo da restauração de todas as coisas”. O equilíbrio, afinal, é o nome sagrado desse movimento eterno.
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Como professor de Sociologia do Ensino Médio, vejo neste texto uma análise rica sobre perspectivismo, dualidade, interdependência e movimento social. Abaixo estão 5 questões discursivas, simples e objetivas, que incentivam os alunos a aplicar conceitos sociológicos e a Filosofia Social às ideias de meu texto:
1. O Perspectivismo e a Realidade Social
O texto inicia com o exemplo dos dois mendigos, que enxergam a mesma realidade ("a rua") de maneiras opostas ("abrigo" e "perigo/exclusão"), mas ambas válidas. Explique como o conceito de Perspectivismo (ou o relativismo cultural/social) é crucial para a Sociologia, e por que a verdade sobre um fenômeno social muitas vezes reside na "interseção dos opostos" e não em uma única visão absoluta.
2. Instinto, Razão e Desigualdade Social
O autor contrasta a "pureza instintiva" do animal com a "racionalidade humana" que frequentemente se perde. Analise o impacto da razão e da moralidade social na formação do juízo de valor. Por que o julgamento humano se baseia na aparência (condenação de gestos instintivos ou de grupos marginalizados) e distancia-se da "essência", dificultando o reconhecimento mútuo na sociedade?
3. Interdependência e Arrogância Científica
A menção à troca simbiótica entre vírus e hospedeiro e à "arrogância espiritual e científica" critica a visão humana de superioridade. Discuta o conceito de Interdependência na sociedade global. Por que a arrogância (seja ela científica ou espiritual) pode levar a sociedade a ignorar as consequências de longo prazo de suas ações, violando o princípio de que o homem é parte de um sistema maior?
4. O Movimento Social e a Crise como Restauração
A citação de Einstein e a menção ao "movimento eterno" sugerem que a crise (o desequilíbrio) é necessária para a renovação. Explique a ideia de que a crise social ou o conflito (como a oposição entre "direita" e "esquerda") é, segundo a Sociologia (por exemplo, em Simmel ou Marx), um motor de mudança social, e não apenas um fator de destruição.
5. Polarização e Equilíbrio de Forças
O texto finaliza afirmando que "A direita precisa da esquerda, o bem se revela no contraste com o mal". Analise essa ideia de dualidade e equilíbrio de forças no contexto da Polarização Social e Política contemporânea. De que forma o reconhecimento da necessidade do oposto pode ser um passo para a superação de antagonismos radicais e para a busca de um equilíbrio democrático?
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