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domingo, 9 de outubro de 2022

AGORAFOBIA ("Não sei de nada, mas sinto tudo." — Leila Jácomo)

 


AGORAFOBIA ("Não sei de nada, mas sinto tudo." — Leila Jácomo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Fico assombrado, quando passo nas ruas e os cachorros latem só para mim e correm para me enfrentar. Então me perguntando: Por que os cachorros latem para uns e outros não? Tentando descobrir o motivo desse fenômeno horripilante, observei que em qualquer lugar onde estou, se passar um bêbado ou um maltrapilho da rua, eles vêm logo falar comigo; qualquer figura assustadora fica me encarando na rua. Tentei relacionar essas atrações indeslindáveis, e me veio a pergunta adicional: exalo medo pelo cheiro de minha pele ou são só minhas expressões corporais e sintomas fóbicos que os convidam? Se o agorafóbico e inseguro sou eu, então eles correm para aquilo que o faz sentir-se melhor, mas a mim cabe a reação de meu desconforto: procuro distanciamento imediatamente. Se latem é para se protegerem de mim ou me cumprimentam como um disfarce de sua coragem, enfrentando o fantasma que os ameaçam? Não sei! Mas, sei que talvez eles tenham sentidos tão apurados que percebem, através de meus poderes áureos e sensitivos sobre o que penso deles. Ou ainda os mesmos fluidos correm por nós, anunciando a morte iminente de dentro para fora de nossas entranhas. Tenho medo deles, por isso morrem de medo de mim. Deve ser isso! (Cifa

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