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quinta-feira, 6 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (18): A Responsabilidade da Busca pela Verdade.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (18): A Responsabilidade da Busca pela Verdade.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A verdade requer responsabilidade. Essas palavras ressoam em minha mente como um lembrete constante de que a verdade não pode ser monopolizada ou aprisionada. Ela é um elemento divino que transcende qualquer denominação ou indivíduo. Dizer-se o portador absoluto da verdade é, na verdade, uma forma de desmerecê-la, de diminuir sua grandiosidade.

Mas, o que leva uma igreja ou uma pessoa a arrogar-se como a única depositária da verdade, especialmente quando se trata dos últimos dias e do destino do mundo? Essa é uma pergunta que me inquieta, que me faz refletir sobre os limites do poder humano e a fragilidade da nossa compreensão.

A verdade, para merecer confiabilidade, não precisa ser confinada a um hábito específico, a uma denominação estabelecida ou a um indivíduo credenciado. Ela é algo muito maior, mais profundo e sagrado. A verdade é uma teoria divina, entrelaçada nos recessos do coração de cada ser humano, na medida em que cada um assume a responsabilidade por ela.

Somos seres dotados da capacidade de discernir entre o certo e o errado, de buscar a verdade e de compreender os mistérios do universo. Essa busca não é exclusiva de uns poucos privilegiados, mas sim uma jornada que cada um de nós é convidado a empreender.

No entanto, por que essa arrogância pecaminosa que permeia alguns, que os leva a se autonomearem como os únicos detentores da verdade divina? Por que essa ânsia desmedida por controlar e manipular a crença dos outros, em vez de incentivá-los a explorar sua própria conexão com o sagrado?

Ao longo da história, testemunhamos exemplos de indivíduos e instituições que se colocaram acima de qualquer questionamento, que se julgaram como os únicos guias para a humanidade. Mas será que a verdade pode ser tão limitada, tão restrita a um único ponto de vista?

A verdade é vasta e multifacetada. Ela se revela de diferentes maneiras para diferentes pessoas, e é nossa responsabilidade respeitar e valorizar essa diversidade de perspectivas. Não cabe a nós impor nossa visão como a única correta, mas sim compartilhar nossas experiências, aprender uns com os outros e caminhar juntos em busca de uma compreensão mais profunda.

Portanto, que cada um de nós se lembre da responsabilidade que acompanha a busca pela verdade. Não nos deixemos seduzir pela tentação de nos autoproclamarmos como os únicos detentores dessa grandiosidade divina. Em vez disso, abracemos a humildade, a abertura e a generosidade de espírito, permitindo que a verdade floresça em seu esplendor, livre de amarras e restrições.

Que cada passo que damos nessa jornada nos aproxime da verdade, mas também nos conecte uns aos outros, formando uma teia de compreensão e respeito mútuo. Pois, afinal, a verdade que buscamos transcende fronteiras e pertence a todos nós. É uma chama eterna que ilumina nossos corações e nos lembra que somos, todos filhos de um só Deus.

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