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quinta-feira, 13 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (48): A Dança dos Dons.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (48): A Dança dos Dons.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Na vastidão de uma vida repleta de escolhas, somos convidados a dançar ao ritmo dos nossos próprios dons. É como se estivéssemos em uma pista, prontos para movimentar nossos corpos e expressar nossas mais profundas convicções. Mas, essa dança não se limita apenas aos passos que damos em busca de nossos objetivos pessoais. Ela vai além, transcende as fronteiras do eu e se estende ao cuidado pelo próximo.

Com a mesma alegria e liberdade que nos é concedida para decidir o valor que iremos ofertar, devemos também assumir a responsabilidade de escolher quando, onde e como dar. Essa é uma jornada que só nós podemos percorrer, uma prova de nossa fidelidade individual. No entanto, é triste constatar que muitos, por comodismo ou desinteresse, negligenciam essa responsabilidade fundamental. E ao fazê-lo, acabam perdendo muito mais do que podem imaginar: a oportunidade de alcançar a Vida eterna.

Em um mundo onde é tão fácil transferir nossas obrigações para outros, é essencial lembrarmos que cada um de nós prestará contas de nossas ações diante de Deus. A passagem bíblica nos adverte: "Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14:12 BSV). Essa afirmação ressoa em meu coração como um chamado para a reflexão e ação individual.

Recordo-me de momentos em que me vi tentado a delegar minha responsabilidade, a esperar que outros tomassem a iniciativa de agir em prol do bem. Mas, à medida que a vida se desenrolava diante dos meus olhos, percebi que a verdadeira transformação acontece quando assumimos nosso papel ativo nessa dança dos dons. É quando decidimos, com coragem e convicção, fazer a diferença.

Cada um de nós carrega dentro de si habilidades únicas, talentos que podem ser empregados para impactar positivamente o mundo ao nosso redor. Porém, esses dons não devem ser vistos como meros privilégios pessoais; são instrumentos poderosos para o serviço e o cuidado com o próximo. São oportunidades de expressar amor, compaixão e solidariedade em um mundo que tanto precisa.

Ao final desta crônica, olho para trás e reconheço as escolhas que fiz ao longo da minha jornada. Percebo que a verdadeira essência da fidelidade individual está na coragem de assumir nossa responsabilidade pessoal, de agir em consonância com nossos valores e convicções mais profundas. Não podemos terceirizar a missão de cuidar do outro, de estender a mão e fazer a diferença na vida das pessoas.

Portanto, convido cada um de vocês, leitores, a dançarem essa dança dos dons com uma consciência renovada. Não se contentem em simplesmente observar à margem. Sejam protagonistas dessa história, assumam o compromisso de serem agentes de transformação. Que nossas escolhas, feitas com alegria e liberdade, sejam um reflexo de nossa responsabilidade individual.

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