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quinta-feira, 13 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (49): O Chamado da Responsabilidade: Os Mordomos Divinos.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (49): O Chamado da Responsabilidade: Os Mordomos Divinos.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há uma grandiosidade indescritível na sensação de que todos os tesouros do mundo são confiados a nós, meros seres humanos, como se fôssemos os administradores dessa riqueza divina. A noção de que Deus é o proprietário supremo de tudo o que existe nos faz refletir sobre a nossa própria responsabilidade como mordomos dos seus dons.

Em meio a essa vastidão que abrange a terra e tudo o que nela habita, somos agraciados com uma incumbência especial: pregar a Palavra de Deus diretamente aos corações das pessoas. Essa responsabilidade traz consigo a missão de utilizar os recursos necessários para viabilizar o trabalho missionário. Seja através de tesouros materiais, talentos individuais, dedicação de tempo ou esforço corporal, somos chamados a empregar esses meios para cumprir com excelência nossa obrigação cristã.

No entanto, surge uma inquietante contradição, quando percebemos que muitas vezes os indivíduos são impedidos pelas instituições religiosas de utilizar seus dízimos e ofertas em obras que consideram ser do Senhor. Essa proibição acaba por se tornar um obstáculo à evangelização, transformando a própria igreja em um tropeço. Essa reflexão me faz lembrar das palavras inspiradoras: "A comissão do Salvador aos discípulos incluía todos os crentes. Abrange todos crestes em Cristo até ao fim dos séculos. É um erro fatal supor que a obra de salvar almas depende apenas do ministro ordenado (igreja empresarial). Todos a quem veio a celestial inspiração, são depositários do evangelho. Todos os quantos recebem a vida de Cristo são mandados trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Para essa obra foi estabelecida a igreja, e todos quantos tomam sobre si os seus sagrados votos, comprometem-se, assim a ser coobreiros de Cristo" (WHITE, s/data, p611).

É inegável que a responsabilidade da evangelização não recai exclusivamente sobre os ombros dos pastores, pois a capacidade de realizar essa missão está presente em cada indivíduo. Seria irônico demais que apenas o pastor recebesse um salário, enquanto os irmãos pagam para trabalhar( o pastor ganha para pregar, os irmãos pagam para pregar). A ação missionária é uma tarefa que abrange todo o povo de Deus, independentemente da posição social ou da simplicidade de cada um. Cada irmão, munido da autonomia do Espírito Santo, possui a capacidade de ministrar a Palavra de Deus em qualquer lugar e utilizar os recursos divinos disponíveis para cumprir sua obrigação cristã de maneira exemplar.

Olhando para trás, como alguém que viveu e testemunhou esses eventos, compreendo que nossa jornada como mordomos divinos é uma responsabilidade que ultrapassa fronteiras e rompe com as barreiras estabelecidas pela tradição. Somos convocados a despertar para a grandiosidade dessa tarefa e a agir de acordo com os dons e meios que nos foram confiados. Que possamos, como coobreiros de Cristo, enxergar a manipulação dos dons e talentos dos membros de igreja por seus líderes.

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