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quarta-feira, 26 de julho de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio I(10) O cristão e as más influências: um apelo à ponderação e ao equilíbrio

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio I(10) O cristão e as más influências: um apelo à ponderação e ao equilíbrio

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Embora eu concorde com a preocupação em relação às más influências, é essencial evitar um tom dogmático e moralista em nossas convicções.

Dessa forma, eu apelo à ponderação e ao equilíbrio, valorizando os ensinamentos bíblicos e; ao mesmo tempo, cultivando a compaixão e o discernimento. Se tenho que errar, que seja exercendo a misericórdia. Vinícius de Moraes nos ensina que o ódio apenas prejudica e intoxica a alma (Antologia Poética, 2013). De fato, ninguém está isento de falhas, e até mesmo figuras consideradas justas na Bíblia erraram, como Davi, o qual cometeu pecados graves (Sl 101; 2Sm 11).

É imprescindível, portanto, reconhecer nossas fraquezas e buscar a sabedoria exemplar de Cristo, que venceu as tentações usando a Palavra de Deus como sua arma (Lc 4:1-13). Em vez de nos envaidecermos de nossa retidão, devemos abraçar a humildade. Conforme Santo Agostinho apontou, o ato de perdoar é um ato divino (Sermão 311E). A verdadeira grandeza surge da dependência em Deus, e não de uma suposta autossuficiência. Resistir ao mal requer a graça divina, aliada à nossa vontade.

Alicerçados no exemplo e ensinamentos de Cristo, devemos cultivar a mansidão e a compaixão, evitando o fanatismo e o julgamento desprovido de caridade. Como afirma Erasmo de Rotterdam, em questões duvidosas, a liberdade de pensamento é essencial para estabelecer a unidade nas questões essenciais e a caridade em todas as coisas (Elogio da Loucura, 1509). Francis Bacon também nos lembra que, ao nos apegarmos rigidamente aos princípios, podemos perder de vista o verdadeiro propósito (Novum Organum, 1620).

Em suma, busquemos a verdadeira sabedoria que transcende o julgamento, e sejamos unidos pelo amor, guiados pela luz divina.

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