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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

QUEM DITA AS REGRAS NA ESCOLA? ("O respeito pelos pais só resiste enquanto os pais respeitem o interesse dos filhos." — Raul Brandão)



















CRÔNICA

QUEM DITA AS REGRAS NA ESCOLA? ("O respeito pelos pais só resiste enquanto os pais respeitem o interesse dos filhos." — Raul Brandão)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Conta-se a história de um casal de velhos que economizaram a vida toda a fim de poder comprar um automóvel. Finalmente o carro foi comprado, e eles começaram a realizar um sonho: viajar pela Costa Nordestina Brasileira. Não haviam ido muito longe quando começaram a ter uma série de contratempos. O cavalheiro frequentemente parava e examinava sua carta de motorista. Sua esposa perguntou-lhe por que verificava tanto sua licença para guiar.

— Por segurança – disse ele – segundo este documento, eu sou competente para guiar um carro.

Assim, é na jornada da sala de aula. De vez em quanto, precisamos assegurar-nos de que estamos trabalhando como o aluno quer que trabalhemos. Nenhum de nós é competente para conduzir uma sala de aula sem o auxílio do aluno. Pois contratempos podem ocorrer em qualquer ocasião. Na história acima, o cavalheiro necessitava mais do que simplesmente uma licença para guiar. Ele precisava de um curso de treinamento que o transformasse em competente e confiante motorista. Nós necessitamos mais do que saber a disciplina de trabalho, precisamos conhecer o “cliente” e obedecê-lo. E a única maneira de conhecê-lo é estudá-lo. E a melhor maneira de estudá-lo é sob a guia do seu comportamento. É necessário muita observação e avaliação. E alguém já disse que avaliação sem observação é hipocrisia; observação sem avaliação é presunção. A final estamos na escola em função deles. 

          Os Coordenadores pedagógicos estão sempre procurando viajantes solitários nas salas de aula, sem os rumos do projeto político pedagógico da escola. E eles dispõem de muitas armadilhas para capturá-nos. Os pais sabem disso! Esta é a razão por que reclamam tanto da escola, da direção e dos professores. Eles querem rigidez dos educadores enquanto a vertente de normas está investida, ou melhor, os filhos ditam as regras em casa, bem como na escola. Podemos até ter a disposição de espírito que nos mova a viver um competente professorado, mas a carne é fraca. A disposição de fazer a vontade do aluno afasta de nós as farpas dos coordenadores e pais. A fraqueza da carne a que me refiro, é aquilo que pode provocar nossa queda. Nenhum de nós é por graduação completo. Para sermos bons precisamos estar definidamente, ou alinhados, ou unidos com os alunos. Seus transgênicos desejos de aprender conduzem esta união. Para conservar esta união, precisamos de contínuo observar e avaliar. O aluno é credencial de competência do professor e o elemento chave das boas estatísticas. E a culpa é do professor, se algo der errado.

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 22/05/2009
Código do texto: T1608364

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