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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS (Professores amedrontados, humilhados, tentam agradar alunos malcriados.)

Crônica 

O ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS (Professores amedrontados, humilhados, tentam agradar alunos malcriados.)

Por Bariani Ortencio


                Não há aprendizagem sem disciplina nem disciplina sem autoridade. A escola é o canteiro onde nascem as boas e as más sementes. Quem perdoa as pessoas são os castigos. Sem punição não pode haver disciplina e obediência: Educação sem amor; fofa.
                Faço palestras em escolas públicas e particulares, e fico pesaroso em ver a situação da maioria, as públicas, não os colégios militares, que são exemplares, estou denunciando, porém, não censurando quem quer que seja: as denúncias pela imprensa mostram que  o mal está generalizado em todo o País: “48.000 crianças em escolas goianas são analfabetas. 87% estão na rede pública. Faltam 250 mil professores na rede pública, mas e o salário?
                O projeto do cidadão está na escola e, no lar, o ambiente afetivo da criança, onde aprende educação, e como a educação vem de casa, uma parcela de culpa  é dos pais. Permitem a criança no computador pela noite a dentro e o professor acordando o aluno debruçado na carteira. Uns falando ao celular e outros assistindo aulas com o aparelho de som aos ouvidos, alguns prometendo, com palavrões, pegar o professor fora da escola.
                Professores amedrontados, humilhados, tentam agradar alunos malcriados. Pais omissos, diretores e coordenadores sem pulso forte e professores fazendo B.O na polícia. Colocam o filho na escola “pra professora dar um jeito”, achando que o professor (maioria professoras) é obrigado a domar a fera mal educada. E vai por aí, alunos drogados, sem uniformes, alguns vestidos até com deboche. O pior é não ter reprovação, não haver exigência de porcentagem de freqüência: “Lá na escola não pode repetir de ano. Então eu vou passando... João, 16 anos, com graves dificuldades para ler, escrever e fazer contas simples, mas cursa a nona série. Nesse sistema onde números são mais importantes que o ensino, alguém já parou para pensar no futuro destes jovens?” (O POPULAR, 18.8.2008).
                “De todos os assuntos de interesse da sociedade brasileira, o mais urgente é, sem dúvida, o problema da educação básica, primária ou fundamental... Os péssimos resultados colhidos estão aí, constatados e divulgados por organismos nacionais e internacionais especializados em avaliação escolar: os alunos brasileiros do ensino fundamental estão entre os piores do mundo, em matemática, língua portuguesa e ciências. Piores do que nós há somente dois ou três insignificantes países do Caribe e da África... E a escola fundamental continua de mal a pior, com seus concluintes incapazes de redigir um simples bilhete e mal sabendo as quatro operações...” (Lena Castelo Branco – DM, 30.9.2008).

                Nos colégios dirigidos por militares graduados (ambos os sexos) predominam a disciplina e a eficiência. Todos os alunos são uniformizados e se levantam quando o professor entra na sala de aula. No final da palestra a maioria faz perguntas interessantes.

                “A terceira edição do Prêmio Ciências no Ensino Médio, do MEC, premiou duas escolas goianas da rede estadual: uma foi o Colégio da Policia Militar Hugo de Carvalho Ramos, de Goiânia.” (DM, 6.6.2008).

                Não é da nossa intenção ensinar o Pai Nosso ao vigário a ninguém, mas apenas um palpite que julgamos feliz: para todos os males há remédios, e o remédio eficaz, o “santo remédio” para o mal da Educação em nosso País, o caminho certo para colocar a escola pública nos trilhos, é, além da reprovação, o modelo da Escola Militar. Assim teremos aprendizagem com disciplina e disciplina com autoridade. Macktub!
( O POPULAR, Crônicas e Outras histórias, 19.12.2008).
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 16/01/2011
Código do texto: T2732919

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