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MINHAS PÉROLAS

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

COVID-19 ("O dia em que a terra parou"— Raul Seixas).

 


COVID-19 ("O dia em que a terra parou"— Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu havia dito: quão frágeis são as instituições sociais! Basta um pouco de pânico para que tudo se desmonte. É no desmanche que, paradoxalmente, se abre o caminho para o novo. Louvado seja Deus pela possibilidade do recomeço!


A socialização promovida pelas escolas já não é mais recomendada. Se antes o objetivo era apenas fazer número para garantir verbas “por cabeça”, hoje é doloroso saber das violências praticadas entre os muros da educação. E agora, somou-se a tudo isso a pandemia. ("E o professor não saiu pra lecionar, pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar.")

O “kit primeiros socorros” nos carros, antes obrigatório, perdeu sua relevância. O propósito era mais econômico do que preventivo. Ainda assim, os veículos continuam circulando cheios de gente, em aparente “segurança”, mesmo sem extintores ou qualquer item de emergência.

As igrejas, com seus cultos de cura milagrosa — tão lucrativos — também cederam: suspenderam reuniões por causa da covid-19. ("E os fiéis não saíram pra rezar, pois sabiam que o padre também não tava lá.") A quarentena, que poderia ser vivida no seio da família como abrigo e proteção mútua, revelou-se também um campo de tensão: o netinho impedido do colo do avô... para evitar o abuso sexual.

Raul Seixas já alertava, em 1977: "No dia em que todas as pessoas, do planeta inteiro, resolveram que ninguém ia sair de casa." Lamento dizer: a “Sociedade Alternativa”, lançada em 1974, não deu certo. E precisou ser corrigida. Os marcos antigos foram removidos; é tempo de recolocá-los. Se não o fizermos, Deus o fará — e será doloroso.

A partir de agora, um novo modelo de sociedade nascerá, inevitavelmente. Deus sabe tudo, e tudo tem um grande propósito. Não morra antes de testemunhar a ascensão. Ô Deus, eu O amo de todos os meus pulmões!

O rabino Eliahu Hasky afirmou que Deus está acertando as contas com a humanidade — tudo já estava prenunciado nas páginas da Torá.
🔗 Fonte — acessado em 10/08/2022.

Assim como as pragas do Egito humilharam cada um dos seus deuses, o coronavírus veio contra Mamom — símbolo da cobiça e da riqueza material. Eis o cerne da ira divina: "... que não é possível servir simultaneamente a Deus e a Mamom" (Lucas 16:13).

A economia da China tombou após a paralisação de fábricas e o colapso do consumo.
🔗 Fonte — acessado em 10/08/2022.

Essa queda, porém, é mais do que uma crise econômica: é uma manifestação espiritual. Uma advertência à civilização que se ergueu sobre o desejo insaciável de possuir. Frente a isso, a humanidade se vê diante de uma escolha: continuará adorando Mamom, arriscando pragas ainda mais abrangentes, ou buscará outra forma de felicidade — aquela que não se baseia na posse, mas no espírito?

Surge então uma pergunta essencial: se Deus "produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade" (Filipenses 2:13), cabe a nós, em nossas decisões cotidianas, participar ativamente desse renascimento. Ou preferiremos a paralisia, esperando que o céu corrija os excessos da terra?

O advento das pandemias pode ser visto como a vingança da natureza.
“O contato próximo com animais selvagens através da caça, comércio ou perda de habitat coloca o mundo em maior risco de surtos de novas doenças, dizem os cientistas.”
🔗 Fonte — acessado em 10/08/2022.

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O texto que acabamos de ler nos provoca a refletir sobre as crises sociais e suas possíveis causas e consequências. Com base nas ideias apresentadas, preparei cinco questões discursivas e diretas para ajudá-los a analisar criticamente o conteúdo.

1 - O autor utiliza a pandemia para demonstrar a fragilidade de diversas instituições sociais, como escolas, igrejas e família. Explique com suas palavras como, segundo o texto, cada uma dessas instituições foi abalada por esse contexto.

2 - A obra de Raul Seixas é mencionada para contextualizar uma ideia de "Sociedade Alternativa". Como o autor do texto avalia essa proposta, e qual a sua conclusão sobre o seu fracasso?

3 - O texto faz uma crítica ao que chama de "deus Mamom". Qual é o significado desse termo e qual a relação que o autor estabelece entre ele e o coronavírus?

4 - O autor traz à tona um conflito entre a ação divina e a responsabilidade humana na reconstrução social. Explique qual é a pergunta essencial que ele levanta sobre o nosso papel nesse processo.

5 - Em uma das conclusões, o texto sugere que as pandemias podem ser uma "vingança da natureza". A partir das informações apresentadas, como o autor justifica essa afirmação?

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