crônica filosófica
O PRAZER DA VIDA (...e todos os movimentos prazerosos desta vida são em direção da morte)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
Com meus cinquenta anos, perambulando nesta vida besta, bem vividos ou mal vividos, descobri que Deus derruba o homem para dar-lhe o prazer do levantar-se.
Portando, a hora que Deus determinou, é essa, exatamente a hora do fim da razão e da fé sem razão! A morte é o prazer supremo da vida, e todos os movimentos prazerosos desta vida são em direção da morte, quanto mais risco de morte, mais intenso é o prazer. O constante desgastar-me, que tanto me dá prazer, também, dá prazer cinético para outrem. Finalmente me tornarei adubo para fertilizar a terra que vai parir com prazer a vida novamente.
Sem dúvida, a morte é essencial para a vida, depois, só a essência e a morte da essência, trazendo a vida de volta para novamente a morte. Quem vive morre, quem morre vive! E o digno medo é o eixo da roda.
Somente um jato breve de vida, que vencido pela morte, graduando o rápido desvanecer, que produza o prazer acelerador do processo. Confirmo com as palavras de William Shakespeare: "Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe."
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2009
Código do texto: T1641888
Código do texto: T1641888
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